Fusões e aquisições entre empresas registram queda em Goiás, no Centro-Oeste e no Brasil neste ano. Motivo: incertezas na economia.
A região Centro-Oeste do Brasil registrou 12 fusões e aquisições no primeiro trimestre de 2023. Trata-se de uma queda de 45,4% na comparação com o mesmo período de 2022. Em Goiás, foram apenas quatro, ante seis no mesmo período do ano passado. O levantamento é da KPMG com empresas de 43 setores da economia brasileira.
Segundo a pesquisa, no primeiro trimestre deste ano somaram 5 operações no Distrito Federal, 4 em Goiás e 3 em Mato Grosso. Já em Mato Grosso do Sul não houve registro. “Espera-se que a região possa registrar mais negócios com a possível melhoria da economia”, afirma Ray Souza, sócio de Mercados Regionais da KPMG no Brasil.
A pesquisa revelou ainda que o Brasil registrou 372 fusões e aquisições no primeiro trimestre de 2023. Trata-se de uma queda de 32,74% na comparação com o mesmo período de 2022, quando foram 553 transações. Isto aponta para um cenário de estabilidade com leve recuperação em relação aos dois trimestres anteriores onde foram concluídas 370 e 344 transações respectivamente.
“Aparentemente, as fusões e aquisições se estabilizaram desde a queda pelo apetite em transações relacionadas às empresas de tecnologia verificada no primeiro semestre de 2022. Outro fator que contribui para esta redução é o agravamento do cenário econômico global e local”, analisa Luis Motta, sócio-líder de Fusões e Aquisições Proprietárias da KPMG no Brasil.
Sobre os setores, os que mais se destacaram foram companhia de internet com 81 transações, tecnologia da informação com 66 e instituições financeiras com 36. Outros foram companhia de serviço (15), mídia e telecomunicação (24), companhias de energia (14), seguro (11), hospitais e laboratório de análises clínicas (14) e transportes (12).
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