segunda-feira, 29 de abril de 2024
Multinacional compra mina da CBA em Niquelândia

Multinacional compra mina da CBA em Niquelândia

O investimento de R$ 20 milhões inclui uma mina, a planta de processamento e toda sua estrutura operacional em Goiás.

13 de abril de 2023

A Wave Nickel Brasil, multinacional de tecnologia focada no processamento de níquel, comprou por R$ 20 milhões a mina da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) em Niquelândia (GO). O investimento inclui uma mina, a planta de processamento e toda sua estrutura operacional. De olho no mercado global de eletrificação, a Wave Nickel Braasil tem projeto de montar no País uma operação de produção de níquel e cobalto. Para tornar-se uma fornecedora de fabricantes de baterias para veículos elétricos com minério extraído em Niquelândia.

“Queremos implementar com maior velocidade uma tecnologia inovadora e sustentável capaz de impactar o mercado global da eletrificação. Além de nos inserirmos na cadeia de transição energética, posicionando o Brasil como pioneiro a incorporar e liderar esse processo”, afirma Gustavo Emina, CEO da Wave Nickel.

A unidade, que está paralisada desde 2016, é voltada para extração e beneficiamento de minério de níquel. Por meio de diferentes processos metalúrgicos, que resultam na obtenção do carbonato de níquel. O polo industrial possui 55 milhões de toneladas de recursos de níquel e tem capacidade para produzir cerca de 20 mil toneladas por ano de níquel contido em carbonato. Os recursos podem chegar a 80 milhões de toneladas, se forem consideradas as pilhas de minérios marginais.

Tecnologia

Com a aquisição, a Wave Nickel implementará no mercado brasileiro uma tecnologia disruptiva que usa micro-ondas para a separação dos minerais. Isto elimina a necessidade de barragens, já que os poucos resíduos inertes podem ser empilhados a seco.

“Essa negociação está alinhada aos objetivos estratégicos da CBA, mantendo nosso foco no processamento de alumínio e reciclagem. Em caso de retomada da produção pela Wave Nickel Brasil em Niquelândia, a CBA receberá ainda 3% de royalties sobre a receita líquida da empresa, limitados a US$10 milhões ao ano. A gestão dos projetos do Legado Verdes do Cerrado e do parque solar permanece com a CBA, assim como a barragem do Jacuba”, diz Ricardo Carvalho, CEO da CBA.

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