Estima-se que hoje somente 5% de todo o papelão, vidro, metal e plástico volta para a cadeia produtiva goiana.
O volume de embalagens recicláveis reaproveitados tem potencial para quadruplicar no Estado, segundo prevê o governo de Goiás. Um dos motivos é a política de logística reversa, que já está em vigor. Estima-se que hoje somente 5% de todo o papelão, vidro, metal e plástico volta para a cadeia produtiva. De acordo com as novas regras, esse percentual terá de chegar a 22%. O decreto estadual que estabelece as diretrizes da logística reversa estabeleceu metas progressivas, que irão crescer com o passar dos anos.
Desta forma, Goiás se junta a um grupo de Estados que já regulamentaram a logística reversa como Piauí, Paraíba e Pernambuco. “A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) vai assumir um papel de fiscalização. A nossa tarefa será de receber os relatórios das empresas gestoras e certificar que a indústria está cumprindo o que determina a lei”, diz a secretária Andréa Vulcanis.
As indústrias poderão contratar uma entidade gestora independente, para auxílio na implementação de seu sistema. Essa entidade vai informar as cooperativas de reciclagem o volume de plástico, metal, vidro e papelão que precisa ser recolhido para alcançar os 22% estabelecidos pela norma.
Os catadores vão receber créditos financeiros, de acordo com a quantidade de recicláveis comercializados. Além de serem remunerados ao vender o material para a indústria de reciclagem. Os valores envolvidos no processo serão definidos pelo mercado, sem a interferência do poder público.
A expectativa é que a logística reversa auxilie os municípios a fazerem a transição dos lixões para aterros sanitários. De acordo com o Marco do Saneamento Básico, o prazo para que os lixões sejam desativados vai até agosto de 2024.
Leia também: MEIs já representam 59% de todas empresas goianas