sexta-feira, 3 de maio de 2024
Operadores logísticos investem mais em Goiás

Operadores logísticos investem mais em Goiás

Novos investimentos em projetos de logística crescem em Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, segundo a ABOL.

14 de junho de 2023

Aumentam investimentos em armazéns, centros de distribuição, transit points e escritórios administrativos

As empresas de logística têm apostado mais no crescimento dos mercados da Região Centro-Oeste, principalmente em Goiás. Segundo a Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL), novos investimentos em projetos de logística crescem em Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Como armazéns, centros de distribuição, transit points e escritórios administrativos.

Empresas como Bravo, Brado, Solistica e Supporte são algumas das filiadas à ABOL cujos planos e investimentos incluem a região. Entre 2020 e 2022, os operadores logísticos tiveram maior presença e representatividade no Centro-Oeste, passando de 37% para 62%.

“Temos acompanhado o interesse das empresas em se instalarem ou expandirem serviços oferecidos no Centro-Oeste. Não é para menos. São Estados que demandam investimentos expressivos para se manterem em destaque no mercado. Por exemplo, o setor agrícola (commodities) é atendido por 37% dos operadores”, diz a diretora executiva da ABOL, Marcella Cunha.

Investimentos

Goiás faz parte da trajetória de investimentos em busca do aumento da capacidade e expansão de novas unidades da Bravo. Os centros de distribuição em Dourados (MS), Rio Verde (GO) e Querência (MT), inaugurados entre 2022 e 2023, possuem movimentação prevista de 80 mil toneladas por ano. O objetivo é melhor atender os clientes e prospectar novas oportunidades no setor, que movimenta mercadorias como defensivos agrícolas e agroquímicos.

A Brado deve inaugurar, no segundo semestre deste ano, um corredor intermodal (com base ferroviária) ligando Anápolis ao Porto de Santos. Vai exportar a partir do terminal goiano: proteína animal congelada (em contêiner Reefer), insumos da siderurgia e mineração, alimentos, açúcar, farelo de soja e grãos diversos em contêiner.

Além disso, o corredor vai focar nas importações, a partir dos terminais de Santos e de Cubatão. Principalmente de insumos essenciais para o abastecimento do agronegócio e das indústrias de Goiás. Como agroquímicos, peças de máquinas, equipamentos e plásticos.

“Um levantamento recente mostra que o volume de produtos industrializados exportados pelo Centro-Oeste teve alta de 1.100% em 15 anos, ajudando o PIB industrial da região a alcançar R$ 71,6 bilhões. Ou seja, isso mostra que os OLs vão contribuir ainda mais para que a região se mantenha em crescimento”, ressaltou Marcella.

Polo farmacêutico

A Solistica, por sua vez, conta com armazenagem em Aparecida de Goiânia dedicada à saúde humana e animal. A área conta com controle de temperatura e câmara fria, 12 docas e 40 colaboradores. Além disso, atende o segmento fármaco em armazém de 4.500 m², 36 docas, 35 veículos para coleta/entrega e 130 colaboradores.

“Goiás é o segundo maior polo farmacêutico do Brasil e da América Latina, respondendo por 25% da produção nacional de medicamentos. Especialmente na cidade de Anápolis, onde estão instaladas as principais indústrias do setor no país. Incluindo a automotiva, que também é intensivamente atendida pelos operadores logísticos”, finaliza a diretora da ABOL.

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Wanderley de Faria é jornalista especializado em Economia e Negócios, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA/FEA/USP - BM&FBovespa

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