segunda-feira, 29 de abril de 2024
Beretta pode construir fábrica de armas no Daia

Beretta pode construir fábrica de armas no Daia

A multinacional italiana tem interesse de investir numa fábrica de munições e armas em Anápolis, mas aguarda mudanças na legislação dos CACs.

22 de junho de 2023

A multinacional italiana Beretta demonstrou interesse de investir na construção de uma fábrica de munições no Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA). O presidente e conselheiro da empresa bélica, Christoph Eisenhardt, ressaltou que a holding conta atualmente com 60 unidades fabris no mundo. Mas não produz no Brasil desde a década de 80. O executivo diz que Goiás é uma boa oportunidade de investimento, por conta da infraestrutura no Daia, localização estratégica e o desenvolvimento econômico do Estado.

O empresário afirmou que o projeto é, inicialmente, produzir munições em Anápolis. Numa segunda etapa, ampliar as atividades para fabricação de armas de fogo. Citou especificamente investir numa área dentro da Plataforma Logística Multimodal, que ainda não está concluída. A comitiva da Beretta esteve com o presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego), Francisco Júnior.

A Beretta aguarda, contudo, o avanço no debate sobre a emissão do certificado de registro e cadastro de armas de Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs) para ingressar com processo do projeto de investimento junto à Codego. Aliás, até por conta disto, a multinacional diz que mantém em sigilo Informações como investimentos e empregos gerados a serem gerados pelo projeto.

Fundada no século XVI, a Beretta é a mais antiga fabricante ativa de armas de fogo do mundo e pertence à mesma família há quase quinhentos anos. Seu primeiro produto foram canos de arcabuz em 1526. Também forneceu armas para todas as grandes guerras europeias desde 1650. Em 1974, abriu a sua primeira fábrica no Brasil, em São Paulo (SP). Entretanto, na década de 80, foi vendida para a brasileira Taurus. Atualmente, sua produção mundial é de aproximadamente 1,5 mil armas por dia.

Indústria bélica

A DFA Defense, empresa goiana que utilizará tecnologia da Eslovênia para fabricação de pistolas e rifles da marca Arex, inaugurou no ano passado uma operação no Daia. O foco inicial é o mercado civil (caçadores, atiradores e colecionadores), instituições e forças de segurança, além da venda direta para policiais e militares. As instalações ocupam uma área de 30 mil metros quadrados.

A expectativa é, na primeira fase de operações, a DFA Defense produza anualmente em Anápolis cerca de 90 mil pistolas calibre 9mm. A sua estima de faturamento é de aproximadamente R$ 2,5 bilhões em cinco anos, a partir do início da produção, prevista para ainda neste ano. A assinatura do protocolo de intenções entre o governador Ronaldo Caiado (União) e a DFA, garantindo incentivo fiscal à fábrica, foi assinado em agosto de 2020. Depois da empresa obter a autorização do Exército Brasileiro para fabricar em Goiás.

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