Comemorar 30 anos de atividades no mercado para uma empresa que começou na cozinha da casa de seus criadores, de maneira informal, não foi e nem é uma tarefa fácil na conturbada economia brasileira, com crises em cima de crises. Mas a Art. Renda Lingerie & Underwear tem muito o que comemorar. Seus produtos estão […]
Comemorar 30 anos de atividades no mercado para uma empresa que começou na cozinha da casa de seus criadores, de maneira informal, não foi e nem é uma tarefa fácil na conturbada economia brasileira, com crises em cima de crises. Mas a Art. Renda Lingerie & Underwear tem muito o que comemorar. Seus produtos estão espalhados por lojas multimarcas de todo o País e, em 2019, chegarão a Portugal, Chile e a outros países para atender a demanda de consumidoras exigentes.
Mas os projetos da empresa não param por aí. Para aumentar as vendas e chegar mais próximo dos consumidores, a diretoria da empresa também está preparando a abertura de franquias da marca e vai incrementar o e-commerce, um dos canais de vendas que mais crescem e no qual já atua desde 2016.
Para garantir o padrão de qualidade que sempre pautou os princípios da Art. Renda, suas diretoras investem, com frequência, em tecnologia e em tecidos nobres, com estamparia e rendas exclusivas, que são o grande diferencial das peças de lingerie e underwear.
Hoje a direção da empresa já está na segunda geração da família Costa Rocha, com as irmãs Ismênia, Larissa e Lígia Costa Rocha, embora a fundadora, a matriarca da família Maria Celeste Costa Rocha, continue a frequentar o chão da fábrica vistoriando toda a linha de produção, bem como acompanhando a movimentação das seis lojas espalhadas por Goiânia e Anápolis.
Pioneira
A Art. Renda foi fundada em 1988 com a disposição de Maria Celeste Rocha de empreender. Naquela época, não existiam muitas confecções em Goiânia e os produtos eram escassos, por isso ela se tornou uma das pioneiras do mercado do Centro-Oeste no ramo de roupas íntimas.
Mãe de três filhas pequenas, Maria Ceslete percebeu que tinha de conciliar a maternidade com o seu trabalho. A própria confecção começou em um quarto nos fundos da casa da fundadora. A mesa de corte ficava em um corredor apertado. Larissa Costa Rocha lembra-se que ela e as irmãs brincavam de esconde-esconde em meio aos rolos de tecido. “Sempre estávamos muito presentes no negócio dos nossos pais. Assim, saber sobre a gestão da empresa foi muito natural para as filhas“, destaca.
No começo, não havia muitos maquinários nem tecnologias para confecção das peças. Para ter um produto diferente, Celeste fazia as calcinhas e depois as tingia de várias cores em degradê, no próprio fogão de casa. Assim, surgiu a empresa que hoje é uma das mais conceituadas do ramo de lingerie no País.
Diferencial
A fundadora era fascinada por rendas e lingeries francesas, daí surgiu o nome Art. Renda e a ideia de trabalhar com lingeries de rendas, com modelagens sofisticadas e matérias-primas mais nobres. Este foi o diferencial para a marca, pois naquela época havia lingeries somente de lycra básica.
Ismênia e Larissa contam que o começo da empresa foi de dificuldades. Porém, a persistência da mãe Maria Celeste em produzir peças de lingerie diferenciadas e de qualidade favoreceu a entrada no mercado. O pai, José Augusto, iniciou o processo de expansão, abrindo lojas e estruturando a empresa para a próxima geração. Atualmente, 80 pessoas trabalham na fábrica e nas lojas de Anápolis (uma) e nas outras cinco de Goiânia, localizadas no Flamboyant Shopping Center, Avenida República do Líbano, Avenida 85, Rua T-38 no Bueno e na Avenida Universitária.
Nos últimos anos, o mix do produto deixou de ser apenas lingerie em rendas. A empresa passou a trabalhar com produtos específicos para a maternidade e com linhas específicas para a família (combinações de pijamas para o pai, mãe e filhos), com pijamas em liganete, com uma linha curves e ainda com lançamentos de lingerie tecnológicos, ofertando sutiã tomara-que-caia estruturado que dispensa o aro e dá o efeito push-up, resultado da estrutura diferenciada do tecido. (Fotos: Luciano Ohya)