domingo, 28 de abril de 2024
Mercado imobiliário espera crescer até 15% em Goiânia

Mercado imobiliário espera crescer até 15% em Goiânia

O mercado imobiliário, especificamente no segmento de apartamentos novos, deve crescer entre 10% e 15% este ano em Goiânia. A estimativa é da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO). No ano passado, as vendas cresceram 9% em faturamento e o número de unidades lançadas foram 21% maiores diante de 2018. Em valores […]

19 de fevereiro de 2020

O mercado imobiliário, especificamente no segmento de apartamentos novos, deve crescer entre 10% e 15% este ano em Goiânia. A estimativa é da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO). No ano passado, as vendas cresceram 9% em faturamento e o número de unidades lançadas foram 21% maiores diante de 2018. Em valores nominais, as vendas movimentaram R$ 2,5 bilhões, em 2019, contra de R$ 2,3 bilhões no ano anterior. O valor é fruto de 6.788 apartamentos vendidos e 6.212 lançados, contra 6.496 apartamentos vendidos e 5.129 lançados em 2018.

Isso significa que, se as estimativas da Ademi se confirmarem, o faturamento desse mercado deve superar os R$ 2,7 bilhões este ano. Um dos motivos é que as taxas de juros para financiamento atingiram o menor patamar histórico e novas modalidades foram ou serão lançadas, permitindo que o consumidor tenha mais segurança para adquirir um imóvel.

Além da modalidade atrelada ao IPCA, lançada em 2019, a Caixa Econômica Federal divulgará, no dia 20, a modalidade com prestações fixas. “Com as parcelas menores, mais gente pode comprar um apartamento do mesmo valor, pois o comprometimento de renda com a parcela (25%) cabe no orçamento”, diz o vice-presidente da Ademi, Fernando Razuk.

Presidente da entidade, Roberto Elias afirma que outros fatores têm impulsionado o mercado, como a queda na taxa Selic, que atingiu o menor patamar da história (4,25% ao ano). Assim, aplicações como os fundos de renda fixa deixam de ser atrativos. “O mercado imobiliário, que, por algum tempo, deixou de ser atrativo, voltou a ser”, afirma.

Em 2019, por exemplo, o valor dos novos apartamentos subiu 5% em Goiânia, chegando R$ 5.119,00 o metro quadrado, excetuando os imóveis do Minha Casa Minha Vida, cujo teto é de R$ 190 mil. Os apartamentos mais valorizados foram os do Setor Nova Suíça (R$ 6,576 o metro quadrado), do Jardim Goiás (R$ 6.338), Setor Oeste (R$ 6.270), Setor Marista (R$ 6.133) e Setor Bueno (R$ 6.008).

Conforme o sócio dirigente da Brain – Bureau de Inteligência Corporativa, responsável pela pesquisa da Ademi, Fábio Araújo, a valorização superou, pela primeira vez em anos, a inflação do período. Houve uma distribuição proporcional na participação de vendas, conforma a faixa de preços, em 2019. Os apartamentos do Minha Casa Minha Vida corresponderam a 20% do total, enquanto os da faixa média (de R$ 400 mil a R$ 700 mil) representaram 25%.
Para 2020, ele estima que os apartamentos de 1 quarto devem impulsionar os novos lançamentos.

Outro fator que ajudou a valorizar os novos apartamentos no ano passado foi que o número de unidades vendidas superou o de unidades lançadas. Assim, o estoque caiu de 9.925 apartamentos novos disponíveis em dezembro de 2018 para 9.381 em dezembro de 2019. “Esse fator, somado ao fato de que o dinheiro está chegando em maior volume, pressiona os preços para cima”, explica Fernando Razuk, vice-presidente da Ademi.

Conforme a pesquisa apresentada pela Brain, o mercado goianiense de apartamentos novos está em patamares semelhantes aos de 2013, antes da crise econômica. Segundo Fábio Araújo, dirigente da consultoria, o cenário atual está mais próximo do equilíbrio que em 2010, por exemplo, ano considerado fora da curva por causa do crescimento econômico.

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