sábado, 27 de abril de 2024
Turbulência: empresários sugerem suspender investimentos

Turbulência: empresários sugerem suspender investimentos

Segunda-feira, 9 de março de 2020: a economia mundial viveu um dia de forte turbulência há muito tempo não vista. Empresários goianos acordaram assustados com as notícias que chegavam da Europa, Ásia e Estados Unidos apontando crise no setor de petróleo, queda das bolsas mundiais, avanço do coronavírus pelo mundo e alta do dólar no […]

9 de março de 2020

Segunda-feira, 9 de março de 2020: a economia mundial viveu um dia de forte turbulência há muito tempo não vista. Empresários goianos acordaram assustados com as notícias que chegavam da Europa, Ásia e Estados Unidos apontando crise no setor de petróleo, queda das bolsas mundiais, avanço do coronavírus pelo mundo e alta do dólar no Brasil. Diante do pânico no mercado financeiro, a recomendação das lideranças empresariais do Estado é de manter cautela, engavetar qualquer projeto de investimento e até desacelerar os que estão em andamento. Sobretudo, pensar muito antes de tentar cronometrar os mercados ou encontrar pechinchas neste momento.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fieg), Sandro Mabel; da Associação Pró-Desenvolvimento de Goiás (Adial), Otávio Lage Filho; e da Federação do Comércio (Fecomércio), Marcelo Baiochi, reconhecem que o momento é de muita gravidade e que a desaceleração da economia global é considerada inevitável, embora acreditem que não seja uma situação de longa duração.

No caso do petróleo, analisam, os países produtores não querem perder dinheiro e devem entrar em algum acordo a curto prazo. Quanto ao coronavírus, acreditam que tende a ser controlado, já que há esforços para se encontrar medicamentos para combate-lo vírus e, inclusive, a taxa de contaminação já está diminuindo na China. Portanto, estes dois problemas são sazonais, embora já tenham afetado os mercados interno e externo.

Otávio Lage Filho conta que muitas empresas que trabalham com produtos importados estão colocando o pé no freio e até negociando com fornecedores externos para adiar contratos até terem uma visão mais clara do comportamento do mercado. Já os empresários que têm maior volume de exportações, embora o dólar esteja em alta, também devem ter cautela não aumentando a produção, pensando que poderão sair ganhando, pois o mercado consumidor mundial está em alerta. “Recomendo cautela e olho bem aberto, dia e noite, para acompanhar o mercado”, afirma.

O presidente da Fieg, Sandro Mabel, revela que todo domingo vai à igreja assistir missa. Mas, que nesta segunda-feira de turbulência na economia, a primeira coisa que fez, antes de iniciar o expediente em sua empresa e na Federação, foi ir à igreja rezar e pedir para Deus proteger nossa economia, não deixando-a desabar, ainda mais. Ele entende que, embora os reflexos da turbulência da economia sejam sentidos em todo o mundo, aqueles empresários que não dependem muito do mercado externo sentirão menos a crise. Contudo, sugere que todos sentem-se com os seus fornecedores e clientes para montar uma estratégia de compra, produção e venda e tomem medidas preventivas, para caso a situação econômica venha se agravar no Brasil e no mundo.

Mabel chama a atenção também daqueles empresários que têm mais foco no mercado externo, portanto com negociações em dólar, para que não aumentem seus estoques de produtos pensando no apenas agora que a moeda norte-americana está em alta. “É preciso ficar atentos com a movimentação da economia mundial”, observa.

O presidente da Fecomércio, Marcelo Baiochi, disse que muitos empresários já não têm como recuar em alguns projetos, até mesmo com compras no mercado externo, mas que neste caso devem buscar estratégias para não perderem dinheiro. Ele sugere para aqueles que estão com negócios em andamento que diminuam o ritmo até para não sofrerem prejuízos maiores, caso a crise econômica persista por muito tempo. “O tamanho do estrago na economia brasileira vai depender por quanto tempo os preços do petróleo continuaram caindo e o coronavírus seja controlado, deixando de afetar as cadeias de produção de todo o planeta”, salienta.

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