A multinacional italiana Enel teve receita líquida de R$ 8,2 bilhões no ano passado em Goiás com a geração, a distribuição e a venda de energia elétrica em Goiás. Com a Enel Goiás (antiga Celg D privatizada em 2017), a receita líquida cresceu 11%, para R$ 6,023 bilhões. Com a Usina Hidrelétrica Cacheira Dourada (privatizada […]
A multinacional italiana Enel teve receita líquida de R$ 8,2 bilhões no ano passado em Goiás com a geração, a distribuição e a venda de energia elétrica em Goiás. Com a Enel Goiás (antiga Celg D privatizada em 2017), a receita líquida cresceu 11%, para R$ 6,023 bilhões. Com a Usina Hidrelétrica Cacheira Dourada (privatizada em 1997) o faturamento foi de R$ 2,178 billhões, praticamente o mesmo de 2018. Os dados são de balanços publicados pela empresa nesta semana.
O crescimento do faturamento da Enel Goiás foi obtido graças ao reajuste tarifário médio de 18,5% em outubro de 2018, que vigorou até outubro de 2019. O aumento de consumidores cativos no ano passado foi de apenas 2,9% e concentrado, principalmente, na classe residencial. Este resultado dificilmente será repetido neste ano por duas razões: em outubro de 2019 as tarifas da Eneel sofreram, por determinação da Aneel, redução de 4,2% para os consumidores residenciais. Para indústria e comércio, a redução média foi de 2,9%. O segundo motivo é a esperada recessão econômica neste ano por conta da crise causada pelo novo coronavírus.
A Enel Goiás informa ter investido R$ 289,9 milhões no ano passado na qualidade do sistema, aumento de 18,8%. Ainda assim, as perdas de energia foram de 12,2%, aumento de 0,6 ponto porcentual. A empresa justifica o aumento de tarifa de energia e aumento da temperatura média no Estado em 1º C.
A multinacional italiana garante pelo menos que melhoraram seus indicadores de qualidade, os que medem a duração e a frequência das interrupções no fornecimento de energia em Goiás. O que mede a duração teria caído 13,3% em 2019; já o que mede a duração destas interrupções, teria caído 24,6%. Convém lembrar que a Enel Goiás assinou, em agosto passado, um acordo com o governo de Goiás, Ministério de Minas e Energia e com a Aneel que prevê, entre outros compromissos, a adição de 1.500 MVA de capacidade instalada de energia no Estado, que representará um incremento de 26%, e a entrada em operação de 17 novas subestações beneficiando 27 municípios goianos.
Já o faturamento com a Usina Cachoeira Dourada no ano passado foi de R$ 2,178 bilhões, redução de 1,1% comparado com o resultado de 2018. O lucro líquido foi de R$ 185,1 milhões, 22,8% a menos que o de 2018, e os investimentos realizados somaram apenas R$ 18 milhões, principalmente com a reforma completa de uma turbina. A usina hidrelétria está situada no município de Cachoeira Dourada, a 240 quilômetros de Goiânia. Criada na década de 1950, foi adquirida em 1997 pelo grupo espanhol Endesa e, posteriormente, passou a ser controlada pelo Grupo Enel, que possui 99,61% de seu capital total. Em 2019 a usina gerou 2.575 GWh (2.071GWh em 2018).