domingo, 28 de abril de 2024
Mesmo na crise, cresce número de goianos na Bolsa

Mesmo na crise, cresce número de goianos na Bolsa

Por mais que a pandemia do novo coronavírus trouxe e traga incertezas ao mercado de capitais, os investidores pessoa física não fugiram da Bolsa de Valores brasileira (B3). Ao contrário do que muitos esperavam, até comprou mais ações do que vendeu. Foi que fizeram mais de 55 mil investidores individuais goianos em abril, ocupando o […]

17 de maio de 2020

Marcelo Estrela: “O forte interesse pelo mercado de capitais é a busca por maior rentabilidade”

Por mais que a pandemia do novo coronavírus trouxe e traga incertezas ao mercado de capitais, os investidores pessoa física não fugiram da Bolsa de Valores brasileira (B3). Ao contrário do que muitos esperavam, até comprou mais ações do que vendeu. Foi que fizeram mais de 55 mil investidores individuais goianos em abril, ocupando o 9º lugar no ranking do mês. Em 2019, no mesmo período, de acordo com levantamento da B3, eles eram 36 mil, o que demonstra crescimento de 53 % em um ano. Atualmente, Goiás tem mais investidores pessoas físicas do que em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul somados.

Os goianos seguiram a tendência nacional. Em 2019, o relatório da B3 registrou cerca de 1,7 milhão de pessoas físicas investindo no mercado de ações. Em abril passado, o número de CPFs cadastrados na bolsa bateu recorde: 2,3 milhões, 40% maior do que em dezembro de 2019, e mais da mais da metade com valor menor de R$10 mil.

Além disso, em pleno cenário de quarentena, a B3 ganhou 400 mil novas contas registradas entre março e abril, das quais metade tem menos de R$ 1 mil. Nos últimos dois meses, os investidores pessoa física foram responsáveis pela entrada líquida de quase R$ 25 bilhões no mercado secundário da B3. Ou seja, as compras de ações por investidores individuais superaram as vendas neste montante.

Para o agente autônomo de investimentos, sócio da Vertente Capital, Marcelo Estrela, a explicação para o forte interesse pela bolsa é a busca por maior rentabilidade, já que a taxa básica de juros (Selic) está no menor patamar histórico, 3% ao ano. Em 2008, lembrou, a taxa Selic ultrapassou 14% ao ano, impactando diretamente os rendimentos. “Atualmente, mesmo que as margens de lucros das empresas sejam menores, é factível que no médio prazo os rendimentos obtidos através de dividendos sejam superiores àqueles que seriam conseguidos através de uma aplicação conservadora como o Tesouro Selic”, esclarece.

Para Marcelo Estrela, o brasileiro, ao longo dos últimos anos, está descobrindo a forma de investir no mercado de capitais. “Apesar da forte oscilação no preço das ações, o crescimento da presença dos brasileiros, principalmente no momento em que o mundo vive uma pandemia, prova que ele está mais bem informado”, frisa. Segundo ele, os investimentos estão concentrados em empresas sólidas, com boa capacidade de recuperação depois da crise do Covid-19.

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