sábado, 27 de abril de 2024
Empresários goianos rejeitam nova quarentena no Estado

Empresários goianos rejeitam nova quarentena no Estado

Surpreendidos com a decisão do governo de Goiás de editar um novo decreto, que endurecerá as regras da quarentena Goiás a partir de terça-feira (30/06), representantes do setor produtivo se posicionaram contra o fechamento intermitente das atividades econômicas e cobram do governador Ronaldo Caiado outras medidas além do fechamento de atividades não essenciais. Os presidentes […]

29 de junho de 2020

Sandro Mabel disse que a paralisação das atividades econômicas deveria ter sido utilizada para a tomada de medidas por parte do governo

Surpreendidos com a decisão do governo de Goiás de editar um novo decreto, que endurecerá as regras da quarentena Goiás a partir de terça-feira (30/06), representantes do setor produtivo se posicionaram contra o fechamento intermitente das atividades econômicas e cobram do governador Ronaldo Caiado outras medidas além do fechamento de atividades não essenciais. Os presidentes da Federação das Indústrias (Fieg), Sandro Mabel; da Federação do Comércio (Fecomércio), Marcelo Baiocchi; e da Associação Comercial e Industrial (Acieg), Rubens Fileti, reivindicam tratamento precoce, acompanhamento dos doentes e ampliação da rede de atendimento. A proposta do governo é de paralisação das atividades essenciais por 14 dias e reabertura por 14 dias, consecutivamente.

Sandro Mabel disse que a paralisação das atividades econômicas, que já dura, em maior ou menor grau, mais de três meses, deveria ter sido utilizada para a tomada de medidas por parte do governo. Ele citou, por exemplo, a ampliação de vagas de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs), que, segundo o presidente da Fieg, não foi suficiente. Criticou, ainda, o protocolo de atendimento na rede pública. Segundo ele, os pacientes estão sendo orientados a ficar em casa e só são efetivamente tratados quando a doença se agrava.

Duas médicas reforçaram as críticas dos empresários: a cardiologista Helen Brandão e a clínica Ellen Gonçalves. As profissionais defenderam o uso precoce de medicamentos como a hidroxicloroquina e azitromicina (cuja eficácia no tratamento da Covid-19 não é comprovada), como forma de se evitar que a doença se agrave.

O presidente da Fieg cobra outras medidas, como campanhas de conscientização da população sobre a necessidade do isolamento social e monitoramento das pessoas que compõem os grupos de risco. “O lockdown apenas é um grande erro. Só chegamos a essa situação [de aumento de mortes pela Covid-19] porque o governo não faz a parte dele. Agora, o governo quer jogar a responsabilidade nos prefeitos”, diz Mabel. “A indústria seguirá a definição de cada município”, diz.

“Vamos trabalhar juntos, Caiado”, pede Marcelo Baiochi

Comércio
Marcelo Baiocchi, presidente da Fecomércio, cobra mais diálogo por parte do governo. “Vamos trabalhar juntos, Caiado”, diz. Como alternativa ao recrudescimento da quarentena, o líder empresarial cita o sistema de bandeiras, já adotado em Aparecida de Goiânia, São Paulo e Rio Grande do Sul. Nesse modelo, o Estado é dividido por regiões e a abertura ou paralisação das atividades econômicas leva em conta a situação sanitária de cada uma delas.

Baiocchi afirma que 10% dos estabelecimentos comerciais estão definitivamente quebrados e que um quarto dos bares e restaurantes não reabrirão as portas. “Estão imputando a contaminação ao comércio, o que não é verdade, porque estávamos fechados”, diz, lembrando que os shoppings centers e comércios de rua reabriram há uma semana. “A conta do lockdown chegará mais rápido e será mais duradoura do que se imagina”, acredita.

Mais falências
Para o presidente da Acieg, Rubens Fileti, caso a quarentena seja endurecida haverá um efeito dominó na economia, com mais falências e demissões. Ele diz que, em Goiás, não há diálogo sobre as formas de enfrentar a pandemia, mas um “monólogo”. O empresário diz que há um ponto de interrogação sobre a verdadeira situação epidemiológica no Estado e sugere que o setor produtivo arque com os custos de estudos independentes. “A UFG é capacitada, mas deveríamos ter outros estudos com autonomia”, afirma.

Outra situação que preocupa o presidente da Acieg é o aumento da informalidade, na medida em que os estabelecimentos formais fiquem impossibilitados de funcionar. “Como dar assistência aos trabalhadores informais que podem se contaminar?”, questiona. Segundo Fileti, o setor produtivo estuda medidas judiciais para continuar com as atividades.

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2 thoughts on “Empresários goianos rejeitam nova quarentena no Estado”

  1. Salem naji disse:

    O comércio ñ pode ser responsabilizado pelo aumento de casos da Covid ,o Governo fecha os olhos p o Q realmente vem acontecendo ,praças Dê recreação lotadas,bares e distribuidoras de bebidas nos bairros com presença de pessoas consumindo em massa e em loco sem máscaras, camelôs em massa nas principais avenidas da cidade ,sem deixar de considerar as super lotações em terminais de ônibus e em agências bancárias, lojas de 1,99 q se passam por supermercados p poderem continuar abertos e em superlotação.Ai fica a pergunta será q o comércio q atende um cliente ou outro qdo esse aparece, é o culpado? Srs. Prefeitos e Governador estão errados em seus conceitos.

    1. Concordo plenamente.
      bancos com filas enormes
      lotérica e com filas enormes
      terminais de ônibus lotados
      praças cheias de pessoas Sem usar máscara
      governo que não fez sua parte em aumentar a capacidade de internação.
      E O COMERCIO É O CULPADO.