sexta-feira, 11 de outubro de 2024
Ademi pede para Iris liberar obras; OCB defende diálogo

Ademi pede para Iris liberar obras; OCB defende diálogo

A Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO) se manifestou contra a paralisação das obras do setor da construção civil, conforme estabelece o decreto nº 9.685, assinado pelo governador Ronaldo Caiado ao instituir a partir desta terça-feira (30/06) quarentena intermitente em Goiás. Na tentativa de reverter a decisão, a entidade enviou ofício ao […]

30 de junho de 2020

Roberto Elias: “Se o decreto vem para resolver um problema sanitário, por que as obras públicas podem continuar e as privadas não?”

A Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO) se manifestou contra a paralisação das obras do setor da construção civil, conforme estabelece o decreto nº 9.685, assinado pelo governador Ronaldo Caiado ao instituir a partir desta terça-feira (30/06) quarentena intermitente em Goiás. Na tentativa de reverter a decisão, a entidade enviou ofício ao prefeito Iris Rezende solicitando que não acompanhe o decreto. “Acreditamos que o prefeito será sensível ao nosso pedido. Como grande obreiro que é, sabe das responsabilidades que nós temos e de tudo o que fizemos para manter nossas obras de forma segura”, espera o presidente da entidade, Roberto Elias. Mas o prefeito já informou que vai seguir o decreto do governador.

Para a Ademi, o cenário imposto em Goiás não reflete o que vem sendo feito no País. “As obras não pararam em praticamente nenhum estado brasileiro (além de Goiás, apenas Pernambuco e Piauí pararam, mas já retomaram as atividades). O estado de São Paulo, o maior do País, nunca paralisou qualquer obra”, argumenta. A entidade questiona o motivo pelo qual o decreto permite a continuidade das obras públicas. “Se o decreto vem para resolver um problema sanitário, por que as obras públicas podem continuar, e as privadas, que geram emprego, renda, sustento para milhares de família e seguem rigorosos controles, não?”, questiona Elias.

Por ser uma atividade que não gera aglomerações e os ambientes das obras são extremamente ventilados, principalmente em obras verticais, a Ademi-GO frisa que não entende como sendo necessário envolver o setor na paralisação proposta pelo Governo do Estado. Lembra ainda que dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias, divulgados em junho, mostram que o número de infectados atingiu apenas 1,15% do total de 55 mil trabalhadores presentes nos canteiros de obras do País.

Cooperativas
A OCB-GO defende o diálogo permanente de toda sociedade para a implementação de políticas públicas mais assertivas no combate à pandemia e suas consequências em Goiás. “Entendemos que as decisões devem ser fundamentadas em dados técnicos e respeitamos os estudos da academia, mas não podemos perder de vista a sensibilidade para com o sofrimento daqueles que se veem com seu sustento prejudicado – ou até mesmo inviabilizado – diante de medidas mais duras. Após mais de 100 dias com atividades paralisadas, parcialmente ou integralmente, diversos setores e empresas chegam a este momento de novas restrições sem ter como se manter”, afirma o presidente Luís Alberto Pereira. “Defendemos que setor produtivo, governos e academia discutam rapidamente medidas para mitigar esta situação, criando instrumentos e mecanismos que nos permitam a retomada segura das atividades econômicas”, enfatiza.

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