domingo, 28 de abril de 2024
Mercado imobiliário supera a crise na Grande Goiânia

Mercado imobiliário supera a crise na Grande Goiânia

O mercado imobiliário de Goiânia e Aparecida de Goiânia registrou em junho aumento de 66,8% nas vendas em comparação com o mesmo mês de 2019. Comparado com maio deste ano, o aumento foi de 395%, segundo pesquisa divulgada hoje (24/09) pela Ademi-GO. Os meses de abril e maio deste ano tiveram desempenho ruim nas vendas […]

24 de setembro de 2020

O mercado imobiliário de Goiânia e Aparecida de Goiânia registrou em junho aumento de 66,8% nas vendas em comparação com o mesmo mês de 2019. Comparado com maio deste ano, o aumento foi de 395%, segundo pesquisa divulgada hoje (24/09) pela Ademi-GO. Os meses de abril e maio deste ano tiveram desempenho ruim nas vendas de imóveis novos nas duas cidades por causa da pandemia da Covid-19, com os decretos do governo do Estado que obrigaram a paralisação das obras e fechamento dos stands de vendas. Enquanto abril somou 279 unidades vendidas e VGV de R$ 87 milhões, o mês de maio contabilizou a comercialização de 235 unidades vendidas e VGV de R$ 121 milhões.

“Confiamos que a queda nas vendas, como ocorreu no mês de abril e maio, foi momentânea e os números históricos de junho e julho são uma demonstração consistente de que o mercado soube se adaptar ao novo cenário”, afirmou o presidente da Ademi-GO, Fernando Razuk. Em junho e julho o mercado de Goiânia acompanhou o aquecimento do mercado imobiliário nacional. Em junho foram 904 unidades vendidas, com um VGV de R$ 285 milhões, contra 542 unidades vendidas e VGV de R$ 190 milhões no mesmo mês de 2019. Já julho deste ano registra 629 unidades comercializadas e VGV de R$ 266 milhões, contra 444 unidades de julho do ano passado e VGV de R$ 145 milhões.

De acordo com o presidente da Ademi-GO, a grande alta nas vendas do mercado imobiliário nacional é consequência de diversos motivos, como a queda da taxa de juros, que reduziu a taxa dos financiamentos imobiliários, gerando grande aumento de demanda, ou seja, mais pessoas passam a ter condições de comprar imóveis. “As condições de pagamento dos imóveis estão muito facilitadas, inclusive para o pagamento até as chaves. Além disso, o imóvel é um ativo resiliente a crises, o que proporciona a segurança que as pessoas buscam nesse momento. E, com a queda da taxa Selic, o investimento em imóveis para aluguel, além de seguro, passou a ser muito rentável, uma vez que as aplicações financeiras de baixo risco passaram a ter rendimento real (quando se desconta a inflação) negativo”, frisou.

Com o fim dos decretos que paralisaram as atividades econômicas, os empresários do setor ganharam confiança, o que refletiu no aumento de lançamentos em junho: 1.226 unidades, 10% maior quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Em julho foram lançadas 160 unidades, enquanto no mesmo período de 2019 não ocorreram lançamentos, o que também não costumava ocorrer nos anos anteriores. Outro fator que vem colaborar com este cenário de valorização é o aumento significativo do custo de construção em todo o País. Razuk destaca ainda que Goiânia, mesmo acompanhando o ritmo aquecido do mercado imobiliário com as vendas em alta em todo o país, possui um diferencial que deixa a capital acima da média: o agronegócio. “Aqui temos uma participação expressiva deste segmento no PIB do Estado, o que vem fortalecer ainda mais o mercado imobiliário”, observa.

Empregos
Em Goiás, a construção civil figura também entre as principais atividades de destaque na geração de empregos formais, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia. Em julho deste ano, o setor manteve uma harmonia entre contratação e demissão. Foram abertas 5.134 vagas e encerrados 3.861 postos de trabalho, com um saldo positivo de 1.273. Em primeiro lugar veio a indústria, com saldo de 2.470 postos de trabalho. Em agosto, o setor da construção civil ficou em terceiro lugar em saldo de empregos no Estado, com 1.743 postos de trabalho, ranking liderado pela indústria (2.440) e setor da agropecuária (1.933).

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