segunda-feira, 29 de abril de 2024
Fieg lança Núcleo ESG para práticas de sustentabilidade

Fieg lança Núcleo ESG para práticas de sustentabilidade

A Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) lançou nesta sexta-feira (15) o Núcleo ESG para apoiar micro, pequenos e médios empresários que buscam implantar processos para mitigação de riscos nos negócios, observando práticas de governança ambiental, social e corporativa.

15 de outubro de 2021

Flávio Rassi: “A empresa que não consegue atuar com os três pilares do ESG vai encontrar cada vez mais dificuldades para permanecer no mercado”

A Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) lançou nesta sexta-feira (15) o Núcleo ESG para apoiar micro, pequenos e médios empresários que buscam implantar processos para mitigação de riscos nos negócios, observando práticas de governança ambiental, social e corporativa. O evento, realizado na Casa da Indústria, com uma live, reuniu mais de 70 empresários  para discutir Gestão Estratégica de ESG e o Impacto no Futuro das Empresas.

“O projeto veio suprir uma necessidade de nossas indústrias. Entendemos que nossa base é formada, sobretudo, por pequenas e médias empresas, que precisam de apoio para implantar processos ESG. Queremos ajudar esses empresários, principalmente por entendermos o impacto que o tripé social, ambiental e de governança tem na sobrevivência e competitividade dos negócios”, explicou Flávio Rassi, que é vice-presidente da Fieg, presidente do CMAS e coordenador do Núcleo ESG na entidade.

Segundo Rassi, a empresa que não consegue atuar com os três pilares do ESG vai encontrar cada vez mais dificuldades para permanecer no mercado, seja doméstico ou internacional. “É algo que supera a legislação. Cumprir a lei é obrigação. A pergunta é o que seu negócio faz além? Qual métrica o destaca dos competidores?”, questionou Rassi aos empresários que acompanharam o evento de lançamento.

Para lançar luz nesse conceito, o especialista Roberto Roche falou sobre Gestão Estratégica ESG, elencando em sua palestra cases que mostram a importância da implantação de processos para mapear riscos e mitigar impactos no caixa das empresas. “O ESG chegou com 15 anos de atraso no Brasil e as empresas agora correm. A mão invisível do mercado está exigindo isso delas. Quem não se adequar terá dificuldades não só para entrar com produtos no mercado internacional, mas para garantir a sobrevivência no mercado interno, já que é requisito para fundos de investimento, bancos e seguradoras”, esclarece.

Roberto Roche: “O ESG chegou com 15 anos de atraso no Brasil e as empresas agora correm. A mão invisível do mercado está exigindo isso delas”

De acordo com Roche, a exigência ESG é uma realidade no mercado financeiro europeu e já impacta indústrias brasileiras, sobretudo ligadas ao agronegócio. O especialista destaca que mais de US$ 30 trilhões em ativos no mundo estão sob gestão de fundos que definiram estratégias sustentáveis. No Estados Unidos, esse número já representa cerca de 30% dos investimentos, enquanto na Europa são US$ 14,1 trilhões em ativos.

“Nos últimos anos, cada vez mais investidores estão colocando o conceito de investimentos responsáveis como fator decisivo na alocação de recursos. O ESG é uma mudança abrangente no cenário de investimentos. As organizações que ignorarem o recado estão fadadas ao fim, principalmente com a ascensão de gerações que possuem os valores socioambientais intrínsecos no seu cotidiano”, argumenta.

O especialista afirma ainda que, assim como não existe empresa 100% ESG, também não há empresa sem qualquer tipo de processo implementado nesse sentido, destacando que existem diferentes níveis de maturidade e que o importante é iniciar essa metodologia no ambiente corporativo, por meio do compliance e com métricas para mensurar as ações.  “O ESG não é certificável, não é sustentabilidade corporativa, não é um produto final, não são só números e não é filantropia e caridade, é um processo com princípios, com ações que deixam um legado”, frisa Roche.

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