sábado, 27 de abril de 2024
Goiás teve o menor número de pessoas empregadas em 2020

Goiás teve o menor número de pessoas empregadas em 2020

No primeiro ano da pandemia havia 3,6 milhões de goianos empregados, 200 mil a menos que em 2019 e o menor número desde 2012.

3 de dezembro de 2021

No ano passado, primeiro ano da pandemia da Covid-19, havia 200 mil trabalhadores a mais sem emprego em Goiás, segundo levantamento divulgado hoje (3/12) do IBGE. Em 2020, havia 5,7 milhões de pessoas com 14 anos ou mais de idade em Goiás. Desse total, 3,6 milhões (62,8%) estavam na força de trabalho, o que representa 6,3% a menos que o número observado em 2019 (3,8 milhões de pessoas). Na força de trabalho, 3,1 milhões estavam ocupados em Goiás. Esse foi o menor número de pessoas ocupadas desde 2012.

O número de pessoas desocupadas em Goiás foi 467 mil, o maior valor da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) iniciada em 2012. Assim, a taxa de desocupação (que leva em conta o número de pessoas desocupadas em relação ao total de pessoas na força de trabalho) foi de 13,1%, a maior taxa da série, quase o triplo da taxa de 2012, que foi de 5%. Convém lembrar que neste ano a taxa de desemprego começou a recuar no Estado, chegando a 10% (leia aqui).

Dos 3,1 milhões de pessoas ocupadas em Goiás, 39,1% estão empregados com carteira de trabalho assinada, enquanto 20,2% trabalham sem carteira assinada. O ocupado como conta própria representa 24,8% do total e o empregador, 5,2%. O militar ou funcionário público estatutário representa 9,9% do pessoal ocupado total em Goiás. Em números absolutos, a única posição que efetivamente aumentou em relação a 2019 foi o militar ou funcionário público estatutário, passando de 285 mil pessoas para 309 mil em 2020.

Ao analisar a desocupação por sexo e cor ou raça, é possível observar que as mulheres e as pessoas de cor preta ou parda são as mais desfavorecidas na obtenção de trabalho. Em Goiás, a taxa de desocupação em 2020 foi de 10,5% para os homens e de 16,6% para as mulheres, a maior diferença da série histórica do IBGE. Em 2012, esta diferença era de apenas 2,5 pontos. As pessoas de cor branca apresentaram taxa de desocupação de 11,3%, enquanto as pessoas de cor preta ou parda, 13,9%.

Renda
O rendimento médio real do trabalho em 2020 foi R$ 2.107 em Goiás. No país, esta média foi de R$ 2.372. Na separação por sexo, as mulheres apresentaram o rendimento médio real do trabalho principal de R$ 1.772 em Goiás, enquanto os homens receberam R$ 2.332, ou seja, 31,6% a mais do que o rendimento do sexo feminino. Na divisão por cor ou raça, é possível observar uma diferença semelhante. As pessoas de cor preta e parda apresentaram rendimentos de R$ 1.892, enquanto as pessoas de cor branca receberam R$ 2.494, ou seja, 31,8% a mais que as pessoas autodeclaradas de cor preta ou parda.

A pesquisa do IBGE também investigou o rendimento domiciliar per capita das pessoas residentes em Goiás. Em 2020, o rendimento médio era R$ 1.236 por pessoa do domicílio. Entretanto, quando observada, a mediana revela um valor ainda menor, R$ 904. Isso significa que metade da população do Estado apresenta rendimento domiciliar per capita de até R$ 904. Na separação por sexo, a mediana do homem é R$ 931, enquanto a da mulher é R$ 877. Por cor ou raça, a diferença é ainda maior: metade da população de cor branca tem rendimento domiciliar de até R$ 1.024, enquanto a metade da população de cor preta recebe menos que R$ 830.

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2 thoughts on “Goiás teve o menor número de pessoas empregadas em 2020”

  1. Amanda disse:

    Devido a pandemia o emprego diminuiu, pelo fato do medo de não vender ou produzir. Mais hoje aumentou mais as vagas de emprego de 2023 pra cá.

  2. Amanda disse:

    Devido a pandemia o emprego diminuiu, pelo fato do medo de não vender ou produzir. Mais hoje aumentou mais as vagas de emprego de 2023 pra cá. E tudo está melhorando