Reunião entre senadores e lideranças empresariais negocia a redução da taxa de juros e taxas administrativas dos empréstimos do FCO, contemplando inclusive empreendedores que já fizeram contratos.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, esteve reunido nesta quarta-feira (02/02), no Senado Federal, em Brasília, com senadores e lideranças empresariais para negociar a redução da taxa de juros e taxas administrativas dos empréstimos do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), contemplando inclusive empreendedores que já fizeram contratos.
A reunião foi realizada no Senado e contou com presença dos senadores Vanderlan Cardoso (PSD), Nelsinho Trad (PSD), Izaci Lucas (Podemos/PSDB), Jayme Campos (DEM), além do titular da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), Nelson Vieira, do presidente da FIEMT, Gustavo Oliveira, e representante da Adial. Sandro Mabel liderou a iniciativa, com o apoio do presidente da Fecomércio, Marcelo Baiocchi, no âmbito do Fórum de Entidades Empresariais de Goiás, para que a proposta chegasse ao Senado.
A proposta em questão prevê a previsão de juros pré e pós-fixado (atualmente só existe a opção de pós-fixado); e a possibilidade de os empresários migrarem uma vez ao longo de 2022 de um regime para outro (de pós para prefixado), optando pelo que ficar melhor para cada empresa. Além disso, a alteração visa dar maior previsibilidade/estabilidade na taxa de juros, passando a considerar o IPCA médio dos últimos 12 meses, e não apenas os últimos 2 meses.
“É um absurdo o que a indústria, comércio e serviços pagam de juros no FCO. Agora, com essa ação do senador Vanderlan Cardoso e demais parlamentares, nós conseguimos que a minuta da resolução seja considerada pelo Conselho Monetário Nacional. Assim, nós teremos no FCO juros fixos, como a agricultura tem”, destacou Sandro Mabel. Os empresários pontuaram no encontro sobre as dificuldades diante da cobrança de juros tão altos, obrigando as empresas à inadimplência e/ou falência e, consequentemente, provocando desemprego.
A minuta da resolução será apreciada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), nesta quinta-feira (03/02) ou na próxima semana. Sendo aprovadas pelo Conselho, as mudanças serão publicadas como resolução pelo Banco Central do Brasil.
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