Não faz muito tempo que os 40 anos representavam o começo do fim de uma carreira profissional. Depois de passar pelo aprendizado, prática e consolidação de uma trajetória, era hora de começar a pensar na aposentadoria e deixar o lugar para os mais jovens. Recolocação de trabalho a essa altura da vida? Quase inimaginável.
Por Ilézio Inácio Ferreira
Não faz muito tempo que os 40 anos representavam o começo do fim de uma carreira profissional. Depois de passar pelo aprendizado, prática e consolidação de uma trajetória, era hora de começar a pensar na aposentadoria e deixar o lugar para os mais jovens. Recolocação de trabalho a essa altura da vida? Quase inimaginável.
Embora ainda existam resquícios dessa realidade nos dias atuais, os quarentões estão quebrando paradigmas e, de invisíveis, estão se revelando protagonistas. Dados do Sebrae apontam que mais de 60% dos micro e pequenos empreendedores têm idade acima dos 40 anos. Os CEO’s das grandes empresas também estão nessa faixa etária.
Graças à adoção de hábitos de vida saudável, da evolução da medicina e da expectativa de vida, aos 40, as pessoas estão esbanjando vitalidade, vivem uma rotina produtiva e com muitos planos pela frente. E com um adicional: os quilômetros rodados que lhe permitiram um olhar mais amplo, mais seguro, mais maduro e mais assertivo em sua caminhada.
A mesma lógica se aplica às empresas. Atravessar quatro décadas em uma economia traz, mais do que histórias para contar, um lastro na experiência e resiliência, e criatividade, especialmente em se tratando de Brasil.
Somente 25% das nossas empresas ultrapassam uma década de existência, segundo o último estudo do IBGE. De 40 anos para cá, as empresas brasileiras enfrentaram inflação galopante, a troca da moeda, confisco da poupança, a alta taxa de juros, os efeitos dos impeachments que sofreram dois presidentes da República, da corrupção pública, paralisação com a pandemia, entre outras adversidades.
Ao mesmo tempo em que a experiência ajuda as empresas a superar problemas e obstáculos, elas vivem o desafio de viver o lifelong learning – a disposição para o aprender e reaprender o tempo todo, no bom português.
Ou seja, para serem longevas, as empresas precisam se reinventar. O crescimento exponencial da informação e do conhecimento nos impele a estar prontos para a inovação, a olhar para as mudanças sem resistência, com uma eterna mente de principiante. Não podem se acomodar, mesmo estando no topo.
Assim, uma empresa que investe na educação e no bem-estar de seus colaboradores, que usa a maturidade que o tempo lhe deu e, ao mesmo tempo, sente-se como uma menina pronta para novas experiências, triunfará.
É… como se diz por aí, acho que a vida realmente começa aos 40.
Ilézio Inácio é diretor-presidente da Consciente Construtora e Incorporadora
Grande empreendedor, líder do seguimento, parabéns ilhesio.