A recente alta nos juros básicos no País, promovida pelo Banco Central para conter a inflação, não preocupa muito o setor imobiliário de Goiás.
Um setor que depende muito de financiamento ao consumidor para alavancar as suas vendas é o mercado imobiliário. Entretanto, a recente alta nos juros básicos no País, promovida pelo Banco Central para conter a inflação, não preocupa muito o setor. Motivo: os juros dos financiamentos imobiliários continuam abaixo da taxa Selic.
“Há um impacto para o mercado imobiliário, a taxa de financiamento do cliente sobe, mas ela não sobe na mesma proporção por todo o sistema de financiamento do mercado imobiliário”, afirma o presidente da Ademi-GO, Fernando Razuk.
Ele afirma que o setor trabalha com o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo, ou seja, a fonte de recurso dos bancos é da caderneta da poupança. O único destino que pode ser dado aos recursos é o credito imobiliário. Como é um funding barato, pois tem baixa rentabilidade, os bancos conseguem cobrar taxas menores nos financiamentos para aquisição de imóveis.
“Inclusive, existe um teto que taxa de juros de até 12% ao ano para empréstimo imobiliário”, frisa Razuk.
Atualmente, as taxas de financiamento imobiliário estão em média em 9% ao ano, diz o presidente da Ademi-GO. Mesmo com a alta da Selic, os juros dos financiamentos imobiliários continuam menores.
“Eu sempre digo que o juros do financiamento imobiliário é um juros que vale a pena pagar. Para um País que tem uma taxa de juros tão alta como o Brasil, o financiamento imobiliário aqui é muito atraente”, afirma Razuk.
“Mas, como estávamos no ano passado com a menor taxa de juros na história do Brasil, o atípico era o ano passado e não o que está acontecendo agora. A gente está, na verdade, voltando pra normalidade do que sempre foi nosso País”, avalia.
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