segunda-feira, 29 de abril de 2024
Brechós tornam-se opção de fonte de renda na crise

Brechós tornam-se opção de fonte de renda na crise

Com necessidade de baixo investimento inicial e opções de compra facilitadas por anúncios on-line, os brechós estão se consolidando como alternativa para gerar renda e também como contraponto à poluente indústria da moda. Um levantamento realizado pelo Sebrae com base em dados da Receita Federal aponta um aumento de 48,58% no número de lojas de produtos usados entre o primeiro semestre de 2020 e o de 2021, no período do auge da pandemia de Covid-19. Em Goiás, não é diferente.

8 de julho de 2022

Thaís Moreira tem um brechó, quer abrir outro e organiza os encontros

Com necessidade de baixo investimento inicial e opções de compra facilitadas por anúncios on-line, os brechós estão se consolidando como alternativa para gerar renda e também como contraponto à poluente indústria da moda. Um levantamento realizado pelo Sebrae com base em dados da Receita Federal aponta um aumento de 48,58% no número de lojas de produtos usados entre o primeiro semestre de 2020 e o de 2021, no período do auge da pandemia de Covid-19. Em Goiás, não é diferente.

Um termômetro é o Encontro de Brechós, que será realizado no domingo (10), na Rua 15, no Centro de Goiânia, das 11 às 18 horas, com apresentação de chorinho do Grupo Borandá. A empresária Thaís Moreira, de 38 anos, que abriu seu brechó há dez anos, explica que não há um levantamento preciso sobre o número deles em atividade em Goiás ou na capital, mas confirma que aumentou muito. “Quando eu iniciei as atividades, eram só uns dez brechós, contando conosco, praticamente todos no Centro. Hoje, eles estão espalhados por toda a cidade”, conta. O último Encontro de Brechós movimentou mais de R$ 100 mil em vendas, gerando renda para aproximadamente 200 pessoas.

Thaís conta que iniciou na atividade querendo um diferencial. Começou a trabalhar praticamente apenas com roupas de marca, de alta qualidade. Hoje, ela tem uma loja de roupas e organiza os encontros, mas diz que quer abrir outro brechó. “Fui crescendo e não estava dando conta de todas as atividades, porque o brechó dá muito trabalho. É preciso pesquisar muito se quiser ter produtos de melhor qualidade e aumentar a renda. Até porque a demanda cresceu muito”, relata.

Apesar de ser uma atividade trabalhosa, Thaís aponta como facilitador o início. Não é preciso investir um capital grande e a maioria começa, como ela, com objetos da própria família, vendendo para os amigos, e depois amplia o negócio. “Cada um tem sua forma de trabalhar, mas hoje há eventos, é possível trabalhar com consignação, o custo operacional é baixo”, avalia. Ela conhece “brechozeiras” – como são conhecidas as donas de brechós – que deixaram emprego com carteira assinada para trabalhar com a atividade e estão satisfeitas com a lucratividade.

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