domingo, 28 de abril de 2024
Mãos à obra

Mãos à obra

O setor da construção civil continua trazendo boas notícias. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) anunciou recentemente (25/07) a nova expectativa de crescimento do setor para o corrente ano em todo o País, de 2,5% para 3,5%.

29 de julho de 2022

Por Cezar Mortari 

O setor da construção civil continua trazendo boas notícias.  A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) anunciou recentemente (25/07) a nova expectativa de crescimento do setor para o corrente ano em todo o País, de 2,5% para 3,5%. Para o Brasil, este incremento de 1 ponto percentual na previsão é decorrente de vários fatores, porém especialmente pela aceleração das novas contratações do programa Casa Verde Amarela (CVA) em função das medidas tomadas pelo Conselho Curador e pelo governo federal, ampliando a curva de subsídios e aumentando o prazo de financiamento de 30 para 35 anos, entre outras medidas. Com estas melhorias, foram incorporadas muitas famílias que, em função do descolamento entre aumento de custos e piora na renda da população, estavam fora dos critérios da Caixa. Ou seja, o programa criado para a habitação de interesse social não mais atendia às camadas menos favorecidas.

Para Goiás, este cenário se apresenta diferente já que o CVA infelizmente está patinando e deve ter uma reação mais lenta. No entanto, pode-se esperar para o Estado um crescimento parecido com o previsto para o restante do país em função das vendas pujantes do mercado imobiliário para média e alta renda, em torno de 20% maiores que as vendas do ano passado, segundo a ADEMI GO. Não ajuda o baixo nível de investimento em infraestrutura, de acordo com o Sinduscon GO. Este setor que, tradicionalmente, representa 50% do mercado da construção, hoje se resume a algo em torno de 20%. Obras esperadas pelo Marco do Saneamento e das Concessões ainda não decolaram.

Assim, a boa notícia é o fato de que fechamos sete trimestres consecutivos com crescimento e, quase sempre, maior que o índice do crescimento nacional, sinalizando a construção civil como um dos motores do PIB. Apesar disso, estamos longe do que já fomos: a construção ainda amarga um encolhimento de 22% no seu produto interno bruto desde o auge de 2014. Teremos que crescer de maneira consistente por ao menos cinco anos para voltarmos à estaca zero. Muito o que fazer!

Cezar Mortari é presidente do Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon-GO) 

Cezar Mortari é presidente do Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon-GO)

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Não será publicado.