segunda-feira, 29 de abril de 2024
Metas da Enel Goiás podem ser reduzidas para viabilizar venda

Metas da Enel Goiás podem ser reduzidas para viabilizar venda

No caso da Enel Goiás, as quedas de fornecimento, principalmente no interior, tornaram a empresa alvo de críticas frequentes.

29 de agosto de 2022

O governo federal e a Agência Nacional de Energia Elétrica avaliam flexibilizar as metas regulatórias das distribuidoras de energia, o que facilitaria a venda da Enel Goiás. A informação é do portal Mover, com base em fontes no governo e mercado. O abrandamento das exigências, caso avance, beneficiaria também outras distribuidoras vendidas recentemente, como a Companhia Energética de Brasília (CEB), adquirida pela Neoenergia, e a CEEE, comprada pela Equatorial.

As discussões, que ocorrem nos bastidores da Aneel e do Ministério de Minas e Energia, mostram como dificuldades técnicas enfrentadas pela Enel Goiás têm pesado sobre as negociações do grupo italiano para se desfazer da empresa, adquirida em 2016 na privatização da Celg-D.

De acordo com a regulação, as distribuidoras de energia têm obrigação de buscar metas de qualidade do serviço medidas pela duração e frequência de interrupções no fornecimento. O descumprimento pode levar à abertura de processo para revogação da concessão das empresas. No caso da Enel Goiás, as quedas de fornecimento, principalmente no interior, tornaram a empresa alvo de críticas frequentes do governador Ronaldo Caiado.

Preocupação

A preocupação com desafios regulatórios da Enel Goiás ficou evidente durante teleconferência de resultados da Energisa, há duas semanas. O chefe de análise de elétricas do Itaú BBA, Marcelo Sá, questionou executivos da companhia sobre o apetite pela distribuidora.

“Entendo que existem muitas questões regulatórias que precisam ser endereçadas para que faça sentido uma aquisição como essa”, afirmou Sá na ocasião, ao pedir informações sobre eventuais conversas com o governo e Aneel em relação ao tema.

O presidente da Energisa, Ricardo Botelho, não quis comentar especificamente o interesse na Enel Goiás. O presidente da Equatorial, Augusto Miranda, também se recusou a falar sobre a elétrica goiana em recente teleconferência com investidores. Os dois executivos, no entanto, reforçaram o apetite de suas empresas por avaliar oportunidades de crescimento em distribuição.

A Aneel informou ao portal Mover que não recebeu nenhuma solicitação formal para análise sobre flexibilizações regulatórias até o momento. A Equatorial disse que “não comenta sobre possibilidades específicas de negócios ou aquisições”. O Ministério de Minas e Energia também não comentou.

Saiba mais: EDP revela o motivo para desistir da Enel Goiás

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