O crescimento da economia goiana foi superior a média nacional para o mesmo período, que foi de 3,2%.
O Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás cresce 5,7% no segundo trimestre deste ano, comparado com o mesmo período de 2021. Segundo divulgou nesta quarta-feira (14/9) o Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), da Secretaria-Geral de Governo. É um crescimento superior a média nacional para o período, que foi de 3,2%.
O resultado positivo da economia goiana foi influenciado pela agropecuária, indústria e serviços. Uma vez que o comércio ainda não conseguiu se recuperar plenamente da pandemia, especialmente com o aumento da inflação, dos juros e queda no poder aquisitivo da população.
No segundo trimestre de 2022, a agropecuária goiana cresceu 5,4%, ante o recuo de 2,5% no cenário nacional em igual período. Este saldo positivo deve-se, sobretudo, ao desempenho das culturas temporárias. Além disso, as adversidades climáticas que atingiram o Sul do País fizeram com que Goiás atingisse o segundo lugar, entre os Estados, na produção de soja.
Outro destaque no crescimento do PIB goiano neste segundo trimestre foi o setor industrial, que avançou 5,9%, ante 1,9% de crescimento do segmento no âmbito nacional. Os resultados positivos ocorreram na construção civil, na indústria extrativa e na indústria de transformação. Ressalta-se a recuperação da indústria de transformação no Estado, que tinha como último registro positivo o 3º trimestre de 2020.
As atividades da indústria com maiores taxas acumuladas no ano, no Estado, são a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (25,4%), puxada pelo incremento da produção de automóveis. E a fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (9,2%), puxada pelo aumento da produção de medicamentos.
O setor de serviços cresceu 5,5% no segundo trimestre de 2022. Com destaques para as atividades de administração; educação e saúde pública; defesa e seguridade social; comércio e transporte.
No Centro-Oeste, Goiás segue como o Estado que mais gerou empregos formais no segundo trimestre de 2022, com saldo superior a 40 mil novas vagas, segundo o Caged. No 1º semestre são 76,4 mil novas vagas. Outro indicador que reflete o bom desempenho do mercado de trabalho goiano é a queda na taxa de desocupação, que passou de 12,4%, no 2º trimestre de 2021 para 6,8% no 2º trimestre de 2022, segundo o IBGE.
“Mesmo diante de um cenário desafiador no âmbito mundial e nacional, que tem puxado para baixo as expectativas de crescimento econômico, Goiás tem seguido em ascensão nesse processo de retomada”, afirma o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima.
Vale ressaltar que o cenário mundial é impactado pelo quadro inflacionário decorrente, sobretudo, do aumento nos preços de alimentos e de energia. Na questão geopolítica, os novos surtos de Covid-19 e a guerra na Ucrânia contribuem para refletir na desaceleração do crescimento mundial.
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