domingo, 28 de abril de 2024
Goiânia tem a 8ª maior renda média entre as capitais

Goiânia tem a 8ª maior renda média entre as capitais

A renda média na capital goiana é de R$ 1.453,33, menor que média nacional de R$ 1.518,35.

13 de outubro de 2022

Goiânia tem a 8ª maior renda média per capita entre as capitais brasileiras. Segundo a décima edição do “Boletim – Desigualdade nas Metrópoles”, produzido em parceria pelo PUCRS Data Social, o INCT Observatório das Metrópoles e a Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina (RedODSAL). A renda média na capital goiana é de R$ 1.453,33. Entretanto, é menor que média nacional, de R$ 1.518,35.

Há pouco mais de dois anos, no segundo trimestre de 2020, os primeiros efeitos econômicos e sociais da pandemia da Covid-19 começaram a ser sentidos nas metrópoles brasileiras, com destaque para a redução da renda do trabalho. Após sucessivas quedas, a renda domiciliar per capita do trabalho nas metrópoles chegava ao pior valor da série histórica no primeiro trimestre de 2022: R$1.448,66.

Agora, de acordo com os últimos dados liberados pelo IBGE, entre o primeiro e o segundo trimestres de 2022 houve aumento de 4,8% na renda domiciliar do trabalho, que alcançou a média de R$1.518,35. Em que pese se trate da mais expressiva variação positiva da renda desde o início da pandemia, o valor ainda é 6,5% menor do que aquele encontrado no início de 2020.

Desemprego e inflação

Segundo Andre Salata, professor da PUCRS e um dos coordenadores do estudo, “o aumento recente da renda do trabalho deve ser explicado pela combinação da redução da taxa de desocupação com o arrefecimento da inflação”. Salata também destaca que “esse aumento ocorre após oito semestres seguidos de renda em patamares muito baixo, estando longe de ser suficiente para recuperar as perdas provocadas pela pandemia”.

Já Marcelo Ribeiro, professor do IPPUR-UFRJ e um dos coordenadores do estudo, afirma que “no início da pandemia os mais pobres foram os que mais sentiram a queda em sua renda. Mais recentemente, no entanto, os prejuízos se tornaram maiores entre os 10% mais ricos, cuja renda hoje é ainda 10% menor do que no período anterior à pandemia”.

“Enquanto os mais pobres sofreram um grande choque no início, com aumento do desemprego e queda imediata da renda, os mais ricos sofreram perdas maiores recentemente, devido à dificuldade de manter o poder de compra de seus salários em meio ao processo inflacionário num contexto de crise econômica”, frisa Ribeiro.

No entanto, Salata faz uma ressalva: “por mais que o nível de desigualdade da renda do trabalho tenha retornado ao patamar pré-pandêmico, isso não se traduz em um mesmo nível de bem-estar. O que observamos foi uma recuperação das desigualdades combinada com uma redução do nível de rendimentos. Ou seja, estamos tão desiguais quanto no período anterior à pandemia, mas com um nível médio de renda ainda muito inferior.”

O estudo completo pode ser acessado aqui.

Renda média por região metropolitana:

• Distrito Federal: R$ 2.131,77
• Florianópolis: R$ 1.999,19
• São Paulo: R$ 1.822,81
• Curitiba: R$ 1.693,36
• Porto Alegre: R$ 1.595,06
• Rio de Janeiro: R$ 1.542,05
• Belo Horizonte: R$ 1.517,73
• Goiânia R$ 1.453,33
• Grande Vitória: R$ 1.434,93
• Vale do Rio Cuiabá: R$ 1296,17
• Belém: R$ 1.156,51
• Aracaju: R$ 1.154,25
• Natal: R$ 1.093,18
• Macapá: R$ 1.025,11
• Salvador: R$ 1.071,40
• Fortaleza: R$ 1.019,87
• Teresina: R$ 962,21
• João Pessoa: R$ 957,50
• Maceió: R$ 939,09
• Manaus: R$ 912,05
• Recife: R$ 849,24
• Grande São Luís: R$ 832,58

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