sábado, 27 de abril de 2024
O crescimento orgânico de uma empresa nem sempre se dá como o planejado inicialmente. Por isso, alguns caminhos podem ser seguidos para acelerar este processo. Um deles é investir em fusões e aquisições (M&A), que pode trazer muitos benefícios a curto e a médio prazo. Segundo estudo publicado pela Fundação Dom Cabral, este é um dos principais fatores que levam as companhias ao alto crescimento e 16% das médias empresas que cresceram nos últimos três anos fizeram aquisições.
No primeiro semestre deste ano, foram registrados em Goiás nove fusões e aquisições de empresas. Aumento de 125% na comparação com o mesmo período do ano passado.
“As transações de M&A são um dos principais caminhos para as empresas que querem crescer rapidamente. Observamos nos últimos anos que as médias empresas começaram a considerar essa opção em seus processos de expansão”, explica Vinicius Oliveira, economista e sócio da Redirection International.
O economista destaca que esse tipo de transação traz vantagens imediatas à empresa. Como a possibilidade de acesso a um maior portfólio de produtos e serviços ou a expansão geográfica, por exemplo. Mas, requer um estudo aprofundado do mercado e deve ser feito com cautela.
Confira 5 vantagens que as fusões e aquisições trazem às empresas:
A união de duas empresas pode abrir novos mercados geográficos, mas também pode ampliar o core business da empresa, levando a oferecer novos produtos e a atingir novos públicos;
Com a transformação digital em curso, cada vez mais as empresas precisam se atualizar e acompanhar as inovações do mercado. Em muitos casos, o M&A tem como principal objetivo a absorção de tecnologia, para modernização do portfólio de produtos ou serviços
A aquisição ou fusão de duas instituições pode permitir o aperfeiçoamento de alguns processos, que antes eram duplicados entre as empresas. Isso chamamos de sinergias da transação. Esse ganho é muito óbvio nas atividades de suporte, como financeiro e contábil, por exemplo. No entanto, as sinergias também podem vir de outras áreas, como a comercial, aproveitando mais racionalmente o canal de vendas e otimização da área e equipe industrial, para citar alguns outros exemplos.
“Talvez fazer uma aquisição primordialmente em função da economia de impostos seja algo que as empresas em geral podem não querer admitir – não porque não querem cumprir as obrigações fiscais, mas porque preferem otimizar a tributação. Mas com certeza este é um dos motivos mais comuns para M&A e, por outro lado, um dos menos mencionados como motivo explícito. Por exemplo, a ideia é que uma empresa com fluxo de caixa positivo adquira uma empresa com prejuízos fiscais a compensar, para reduzir sua própria carga tributária”, explica Vinicius Oliveira.
Muitos negócios de M&A permitem a eliminação de concorrência futura e ganho de participação no mercado. Por outro lado, pode ser necessário um prêmio para convencer os acionistas da empresa-alvo a aceitar a oferta.
