sábado, 4 de maio de 2024
Quase 220 mil empresas goianas estão no vermelho

Quase 220 mil empresas goianas estão no vermelho

No Brasil, mais de 6 milhões de empresas estão inadimplentes, a maior quantidade registrada pela Serasa desde 2016.

30 de novembro de 2022

Quase 220 mil empresas goianas estavam no vermelho em outubro, segundo o Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian. Para ser mais exato: 219,1 mil empresas. Como no Estado existem cerca de 1 milhão de CNPJs ativos, equivale a mais de 22% do total das empresas goianas. No Centro-Oeste, Goiás tem o maior número de empresas inadimplentes, seguido Mato Grosso (141,2 mil), Distrito Federal (119,2 mil) e Mato Grosso do Sul (76,8 mil).

No Brasil, no mês passado 6.332.952 negócios estavam com o nome no vermelho. É a maior quantidade desde o início da série histórica do índice, em 2016. Além disso, o comparativo em 12 meses mostrou que 493 mil negócios no País tornaram inadimplentes entre outubro de 2021 e 2022. O levantamento também registrou 44,8 milhões de dívidas no mês, que equivalem a R$ 106,4 bilhões. Em média, cada CNPJ negativado possui 7 contas atrasadas a pagar.

São Paulo lidera o ranking nacional com mais de 2 milhões de negócios negativados. Em segundo lugar está Minas Gerais (616 mil empresas no vermelho), seguido por Rio de Janeiro (563,2 mil), Paraná (401,9 mil) e Rio Grande do Sul (353,3 mil).

Cenário econômico

Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, o indicador de inadimplência das empresas deve ser o último a mostrar um cenário positivo. Porque depende de uma melhora econômica contínua.

“Este índice é um indicativo em cadeia, porque para parar de crescer é necessário que os consumidores consigam limpar seus nomes e quitem as dívidas que contraíram com as empresas. Que, consequentemente, terão melhora no fluxo de caixa e, por sua vez, conseguirão pagar os compromissos financeiros atrasados que ainda possuem”, afirma.

Ainda de acordo com o índice, a maior parte das empresas brasileiras inadimplentes atuam no setor de serviços (53,4%). Em sequência estão as que pertencem aos segmentos de comércio (37,6%) e indústria (7,8%). As micro e pequenas empresas representavam 5,6 milhões dos negócios com o nome no vermelho em outubro. Sendo que 52,3% fazem parte do setor de serviços, 39,3% do comércio e 7,9% do setor industrial.

Saiba mais: Inadimplência cresce e lojistas buscam negociação

Wanderley de Faria é jornalista especializado em Economia e Negócios, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA/FEA/USP - BM&FBovespa

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