domingo, 28 de abril de 2024
My Winery cresce com importação de vinhos exclusivos para o Brasil e planeja abertura de franquias para expandir mais em 2023.
A My Winery Importadora chegou aos dez anos de mercado diversificando a sua atuação. De antemão, anuncia novidades para 2023 ao EMPREENDER EM GOIÁS (EG). Entre elas, novas marcas de vinhos importados com exclusividade no Brasil e a abertura de franquias.O sócio-fundador Felipe Prigol recebeu a reportagem no show room da My Winery (minha vinícola em inglês), que fica instalada na antiga galeria de arte Época, na Rua 90, no Setor Sul.
O local, aliás, agora une as duas atividades. Em parceria com a amiga e curadora de arte Ednara Braga, as paredes revestidas de pedras sustentam as garrafas de vinho de várias partes do mundo, junto com as obras de arte em exposição para venda, ao som de música instrumental. “Trabalhamos com conceito, não apenas com volume”, define Prigol.
Com uma máxima que norteia toda a história da My Winery, que começou em 2012, quando ele e a mulher Marlla Santos iniciaram a empresa. Recém-chegados a Goiânia depois de morar por vários anos em Londres, onde se conheceram e planejaram como construiriam o negócio.
Formado em Administração Hoteleira pela Universidade de Caxias do Sul (RS), Felipe Prigol foi para a Inglaterra, onde trabalhou em hotéis cinco estrelas, sempre na área de alimentos e bebidas. A saber, essa paixão ele herdou do avô materno, que fazia vinificação caseira no porão de casa, em Caxias do Sul, de forma empírica e artesanal.
Em maio de 2012, Felipe e Marlla voltaram para Goiânia. Em agosto daquele mesmo ano, abriram a My Winery num imóvel de 38 metros quadrados no Parque das Laranjeiras, em Goiânia.
Inicialmente, a empresa era apenas distribuidora. E foi lá que se estabeleceram as relações com donos de restaurantes e consumidores. Em 2018, a My Winery avançou para a área que hoje é sua maior especialidade: a importação. Mas são os sócios que pensam na marca, nome e tipo de vinho. Então, procuram o produtor e importam com exclusividade.
Hoje são sete marcas de vinhos no mercado brasileiro, número que aumentará em 2023, com uma marca do Velho Continente. “Pode ser Portugal, Espanha ou Itália”, diz Felipe Prigol. O primeiro divisor de águas e carro-chefe dessa linha de importações foi o Cazzari, primeira marca própria. É um espumante brasileiro, lançado em 2016, marca oficial de quatro edições da Casa Cor. Depois vieram o Bresesti, Eulen, Chikiyam, Rogo, Rito e Bobbejean, além das marcas MW 1 e 2 e Bag-in-Box MW.
Com vários detalhes em cada rótulo e um nicho muito específico, a empresa teve um crescimento constante. “É um trabalho de formiguinha”, define o empresário. “Temos um bom volume e queremos nos colocar em canais estratégicos e desenvolver nossa marca”, frisa. Em 2021, a empresa ganhou outro sócio, Cássio Ribeiro, que foi colaborador durante anos. “Ele sempre viu a empresa maior do que ela era na época”, conta Felipe Prigol.
Embora não fale em números de faturamento nem de garrafas importadas e distribuídas, o empresário revela que em 2022 a My Winery – “empressa 100% goiana” – teve um crescimento de 25% em relação ao ano anterior. O que se deve, em grande parte, à importação do sul-africano Bobbejean. Nos últimos anos, também passou a desenvolver marcas para empresas. É o caso da My Broker e da Saga, que encomendou uma safra de espumantes para uma edição comemorativa de seus 50 anos.
A empresa goiana possui ainda uma champanheira, a Flau, disponível para eventos sociais e corporativos, e disponibiliza espaço para eventos. “Temos muito pela frente. Com a franquia, por exemplo, queremos mais capilaridade para nossa marca”, explica Felipe. Para ele, o crescimento poderia ter sido mais rápido, mas os sócios preferiram – e preferem – manter esse conceito de negócio, atento aos detalhes. Que fizeram e fazem toda a diferença.
