Depois do boom deste segmento na pandemia, empresários goianos se consolidam no mercado ao reinventarem seu negócio.
O fornecimento de refeições é uma boa oportunidade para quem deseja abrir o próprio negócio ou complementar a renda. O segmento teve um boom em 2020 e 2021, durante a pandemia de Covid-19, quando 112 mil pequenos novas empresas no País foram registradas na Receita Federal. Em 2022, foram cerca de 80 mil, conforme levantamento realizado pelo Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae), a maioria formada por microempreendedores individuais (MEI). A tendência agora é de estabilidade neste segmento.
A empresária Kall Eliziário é um exemplo. Começou a trabalhar com o fornecimento de refeições em 2021, justamente quando houve o maior ingresso de empreendedores nesta atividade. Contudo, com um conceito voltado para a qualidade das matérias-primas usadas, seu negócio cresceu. Em outubro do ano passado, abriu o seu restaurante Concassè Culinária Adequada, com atendimento presencial, na Avenida T1, no Setor Bueno. No entanto, o delivery, principalmente de saladas, continua respondendo por grande parte da movimentação da empresa.
Kall conta que no início cuidava sozinha de tudo. Ela quem produzia as marmitas e organizada a logística das entregas. Contudo, quando viu que o negócio havia se firmado, decidiu avançar. “Escolhi outro ponto, onde instalei a cozinha industrial”, diz. Com a mudança de local, o perfil do atendimento também mudou. Antes, o restaurante funcionava das 11 às 14 horas para entrega de marmitas. Agora, fica aberto das 10 às 19 horas e também tem lanches. Os bowls com saladas respondem hoje por 50% do faturamento.
O levantamento do Sebrae nacional aponta um dado em que o nicho escohido por Kall se enquadra: o dos alimentos fit ou saudáveis é um dos que mais tiveram aumento de demanda nos últimos anos. Mas nesse grupo há os que têm custo menor, mais populares, e as que primam pelo uso de alimentos de melhor qualidade. “Há uma cultura arraigada voltada para o montante, que uma refeição para um serve três, mas nós acreditamos que comer de maneira saudável inclui a quantidade. Se come em demasia, não é saudável”, compara Kall Eliziário.
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