domingo, 28 de abril de 2024
Connect e Intermedia querem trazer teleféricos para Goiás

Connect e Intermedia querem trazer teleféricos para Goiás

Empresa gaúcha, que tem negócios com multinacionais, fecha acordo com grupo goiano para atrair empreendimentos de mobilidade e turísticos.

31 de março de 2023

Agência afirma que Goiânia comporta uma torre de observação nos moldes da I 360, na Inglaterra.

A agência de desenvolvimento Connect, com sede em Porto Alegre (RS), firmou contrato de parceria comercial com a goiana Intermedia Business. O objetivo é atrair investidores, públicos e privados, para empreendimentos em alternativas de mobilidade, como teleféricos. E também de turismo, a exemplo de rodas gigantes, torres de observação e trens funiculares. A Connect, por sua vez, tem parcerias com grupos da Itália, França e Suíça, que têm instalações no Brasil e em outros países.

“Basicamente, temos um corpo técnico capacitado e fazemos todo o estudo e os projetos necessários”, explicou ao EMPREENDER EM GOIÁS (EG) o gerente de novos negócios da Connect, Tiago Lentz. Os consultores são de áreas como arquitetura, urbanismo, econômico-financeira, contábil, jurídica, ambiental, gestão e inovação. Para Lentz, Goiás tem potencial para desenvolver esses projetos, caros e ousados.

Ainda que não haja locais definidos, nem interessados mapeados, o gerente da agência gaúcha adiantou que Goiânia comporta uma torre de observação nos moldes da I 360, na Inglaterra. Trata-se, na verdade, de um teleférico vertical, único no mundo, com o qual se pode atingir até 150 metros de altura e serve para eventos e como restaurantes. “Pensamos em levar uma torre como essa para Goiânia”, revelou. Entre os locais cogitados, as regiões do Jardim Botânico e do Centro Cultural Oscar Niemeyer.

Locais de instalação

“Não batemos o martelo, mas pensamos muito nisso. Seria bom para o Brasil, para Goiás e para Goiânia”, avaliou. Outros possíveis locais para a instalação de torres e teleféricos seriam os parques naturais, sem falar na questão da mobilidade. Os exemplos mais conhecidos são das cidades de Medellín, na Colômbia, Cidade do México e Santo Domingo, na República Dominicana, para ficar nos mais recentes. Este último, com uma linha com mais de 130 cabines, transporta cerca de 50 mil pessoas por dia.

Sobre a possibilidade de instalação em parques naturais, Lentz destaca que as estruturas causam um impacto mínimo no solo. Ele conta que cada poste que sustenta o cabo do teleférico pode ficar até 700 metros distante do outro. Além disso, a base do posto de 4 metros quadrados. “É um impacto pequeno para um benefício contínuo e limpo, que não compete com o trânsito terrestre e aumenta a mobilidade”, pontua.

O gerente da agência deverá vir a Goiânia nas próximas semanas para uma rodada de apresentação dos modelos para empresários locais e também para o poder público. Esses contatos estão a cargo da Intermedia Business e seu diretor, o empresário José Divino Arruda. A ênfase é tanto nas atrações independentes, voltadas para o turismo, quanto para os teleféricos, que são um misto de atração turística com opção de mobilidade urbana.

Sobre a Connect

A Connect foi criada em 2020 para desenvolver esses projetos. Ela atua em cooperação com grupos europeus, como o HTI (High Technology Industries), composto por Leitner, da Itália; Poma, da França; e Bartholet, da Suíça. Entre algumas das cidades, das mais de 15 mil instalações do grupo, estão Berlim, Nova York, Medellín, Rio de Janeiro, Balneário Camboriú, Hong Kong, Toulouse, Cidade do México, Santo Domingo, Guayaquil, Moscou, Innsbruck, Salzburgo, Santiago, entre outras. Juntas, transportam mais de 6,5 milhões de pessoas por hora e são responsáveis, pela maior linha do mundo, no México, com 10,6 quilômetros.

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