quarta-feira, 9 de outubro de 2024
Eventos voltam com tudo em Goiás

Eventos voltam com tudo em Goiás

Depois de uma profunda crise durante a pandemia, o setor de eventos volta a se aquecer em Goiás. Agora há dificuldades para atender a demanda.

5 de junho de 2023

Depois de mergulhar em uma profunda crise durante o isolamento social causado pela pandemia, quando dezenas de empresas fecharam as portas, o setor de eventos volta a se aquecer em Goiás. As festas voltaram, em geral, com um formato menor, para menos convidados. Mas algumas empresas têm dificuldades de agenda para contemplar toda essa demanda reprimida. Ao mesmo tempo, falta mão de obra para suprir a procura.

O setor de serviços é o que mais registra crescimento em Goiás. De janeiro a abril deste ano, o salto foi de 9% em relação ao mesmo período de 2022, segundo dados do IBGE. O empresário José Orlando Ribeiro, da Maison Florency, contou ao EMPREENDER EM GOIÁS (EG) que a procura por festas voltou além da expectativa. “É como se tivesse acordado de um pesadelo”, disse, em referência ao fim da crise pandêmica. As festas juninas também já movimentam o setor.

José Orlando diz que sua empresa já não tem como atender todos os clientes por falta de agenda. Para o empresário, a realização desses eventos estava represada. Muitas pessoas adiaram festas, casamentos e bodas, por exemplo, para esperar o momento de comemorar. Ele acrescenta que o formato dessas comemorações também foi reduzido.

“Muitas pessoas estão preferindo cerimônias mais intimistas, em casa, para menos convidados”, relata. São eventos variados: empresariais, sociais, casamentos, bodas, formaturas e festas de 15 anos, sendo os dois últimos os formatos que reúnem mais pessoas.

Faltam profissionais

Claudston Paiva, da Garrote Eventos, acredita que um elevado percentual dos empresários que atuam na área quebrou e não se reergueu. Ele trabalha com som, luz e painéis de led e diz que sua empresa foi a única que manteve 100% dos funcionários empregados, mesmo com a crise. “Perdemos muita mão de obra, porque as pessoas demitidas tiveram de correr para sobreviver de outra forma”, diz. Isso gerou falta de trabalhadores. “Começou a faltar painel de led por falta de mão de obra e não havia equipamentos para comprar”, relata.

O resultado foi o aumento dos preços. Um equipamento que antes custava R$ 10 mil chegou a ser vendido pelo triplo do preço. “Agora, houve uma desaceleração e estamos esperando que melhore”. Representante do setor de eventos sociais, Garrote, como é conhecido, lembra que nenhuma ajuda prometida chegou aos empresários do ramo. “Enfrentamos uma burocracia muito grande e não conseguimos nada”, diz. Conforme o empresário, houve uma retomada do setor, que agora se estabilizou.

Reaquecimento

Presidente do Goiânia Convention Bureau, Fernanda Cury conta que a procura logo após a pandemia foi tímida, mas o mercado voltou a se aquecer e encontrou empresas preparadas, mesmo que com um quadro reduzido de empregados. “As empresas promotoras de eventos voltaram com força total e os hotéis melhoraram suas taxas de ocupação, hoje com média de 50%”, afirma. As empresas de eventos estão com agendas mais concorridas. “Mesmo com uma estrutura mais enxuta, conseguem atender com excelência”, atesta a empresária.

Fernanda lamenta que muitas tenham saído do mercado e acrescenta que houve aumento nos custos de mão de obra e de matéria-prima. “Trata-se de uma cadeia, tudo aumentou e isso tem reflexos também nos eventos”, pontua. A crise também teve efeitos sobre o formato dos eventos. Hoje, o híbrido (com parte por teleconferência) é bastante frequente.

Saiba mais: Setor de eventos enfrenta problemas com custos em Goiás

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