Economia goiana cresceu 2,7% em maio deste ano, mas governador Caiado diz que a reforma tributária ameaça este desenvolvimento.
O Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás cresceu 2,7% em maio, na comparação com o mesmo mês de 2022. O resultado se deve, prioritariamente, ao crescimento da agropecuária (11,1%), indústria (1,1%) e serviços (1,6%). As informações constam no boletim divulgado nesta terça-feira (29/8) pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB).
O crescimento do setor de serviços está relacionado ao bom desempenho das atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços complementares (9,7%). Além dos segmentos de transporte (6,9%) e de alojamento e alimentação (5,8%).
No entanto, as atividades de comércio, informação e financeira encerraram o mês com taxas negativas de 2,9%, 5,7% e 12,9%, respectivamente. Entre as atividades industriais, o maior crescimento aconteceu nos serviços industriais de utilidade pública (7,1%). Por outro lado, a construção civil encerrou o mês com uma oscilação negativa de 0,8%.
No acumulado, o PIB de Goiás apresentou crescimento de 4,1% com relação à taxa acumulada nos últimos 12 meses. Todos os setores econômicos ficaram com taxas positivas no período. Na análise da variação mensal com ajuste sazonal, na comparação de maio de 2023 com o mês imediatamente anterior, o PIB apresentou recuo de 0,5%.
O desequilíbrio econômico que pode resultar da reforma tributária, se aprovada no Congresso Nacional, leva ao enfraquecimento da maioria dos estados brasileiros, principalmente no Centro-Oeste no País. A conclusão foi consenso entre o governador Ronaldo Caiado e representantes do setor produtivo em reunião nesta terça-feira (29/8) na sede da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em Brasília.
“O desenvolvimento vai voltar somente aos grandes eixos do país e nós não seremos mais do que trabalhadores para eles”, disse Caiado. O governador argumentou ainda que a tributação unificada desconsidera as desigualdades regionais.
O economista da CNC, Fábio Bentes, também criticou o modelo de tributação sobre o consumo. “A gente vive em um manicômio tributário. Mas se tributarmos o consumo, isso não beneficiará quem produz”, disse. O vice-presidente da entidade, José Aparecido da Costa Freire, cobrou alíquota diferenciada para o setor de serviços. “Faltam esses ajustes no texto”, frisou.