As mulheres representam agora 22% dos bilionários no Brasil, crescimento de 12% em relação ao ano passado, segundo a Forbes.
Pela primeira vez, uma mulher lidera a lista dos bilionários brasileiros realizada pela Forbes. O ranking de 2023, divulgado nesta sexta-feira (1/9), celebra os 12 anos de existência do levantamento da Forbes no Brasil. Agora, as mulheres representam 22% do grupo dos bilionários, crescimento de 12% em relação ao ano passado. São 60 posições ocupadas por elas, entre empreendedoras e herdeiras.
O feito coube ao clã liderado por Vicky Safra, viúva de Joseph Safra (1938-2020), que ocupou o posto de banqueiro mais rico do mundo até a sua morte. O patrimônio de Vicky, somado ao de seus filhos (Jacob, Esther, Alberto e David), supera o de Eduardo Saverin e o do heptacampeão Jorge Paulo Lemann. Que neste ano ocupam a segunda e a terceira colocação, respectivamente. A lista passou a considerar a fortuna de mãe e filhos em conjunto, seguindo a mudança de critério da Forbes USA.
Mas nem Lemann nem Saverin podem reclamar. Mesmo com os problemas das Lojas Americanas, que fazem parte do portfólio de Lemann, o patrimônio mensurável do empresário aumentou quase R$ 3 bilhões em relação à lista de 2022.
Já o paulistano Saverin assiste de camarote à movimentação das ações do Facebook, do qual é um dos fundadores. Basta dizer que, no ano passado, sua fortuna pessoal estava calculada em R$ 52,8 bilhões. Neste ano em nada menos que R$ 83,5 bilhões.
Uma alteração na metodologia da Lista Forbes Bilionários provocou mudanças de posição este ano. Seguindo uma nova diretriz da Forbes americana, o patrimônio dos participantes foi agrupado de maneira a unificar os recursos dos membros de uma mesma família. Essa modificação causou alterações importantes.
Pelo novo critério, Vicky Sarfati Safra, viúva do falecido banqueiro José Safra, tornou-se a pessoa mais rica do Brasil. Ao somar as fortunas de seus filhos – David, Alberto, Jacob e Esther –, seu nome subiu da sexta para a primeira posição. O patrimônio total avançou 134%, para R$ 87,8 bilhões.
O mesmo ocorreu com Pedro, Fernando, Walter e João Moreira Salles, acionistas do Itaú Unibanco e filhos do falecido embaixador Walther Moreira Salles. A mudança do critério fez com que eles, que detêm patrimônios entre R$ 22,1 bilhões e R$ 20,7 bilhões, subissem da 33ª para a 8ª e a 10ª posições.
A empresa mais representativa em termos familiares é a catarinense WEG. Fundada em 1953 por três sócios – Werner Ricardo Voigt, Eggon João da Silva e Geraldo Werninghaus –, a companhia trouxe 29 participantes à lista deste ano, em sua maioria descendentes dos fundadores.
Na lista divulgada pela Forbes no início de agosto deste ano, o patrimônio dos três bilionários goianos chegou a US$ 7,1 bilhões. Segundo levantamento divulgado pela Forbes EUA, são eles: Joesley Batista, Wesley Batista e João Alves de Queiroz Filho. Os três totalizaram fortuna acumulada de quase R$ 35 bilhões pela cotação do dólar (R$ 4,876) do dia 4 de agosto último.
Joesley Batista e Wesley Batista ocupavam a 16ª posição no ranking brasileiro, com fortuna de US$ 2,8 bilhões (R$ 13,6 bilhões) cada um deles. Os dois bilionários controlam a JBS S.A, a maior indústria de alimentos do mundo, cujos produtos são comercializados em 190 países. Na 37ª posição estava o empresário João Alves de Queiroz Filho, com patrimônio líquido de US$ 1,5 bilhão (R$ 7,3 bilhões. Ele comanda a Hypera Pharma.
Fonte: Forbes
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