Pesquisa do Sebrae mostra que as cooperativas de crédito são mais acessíveis para as micro e pequenas empresas no Brasil.
As cooperativas de crédito já respondem por pelo menos 30% dos empréstimos concedidos para micro e pequenas empresas no Brasil. Segundo a 10ª edição da pesquisa O Financiamento dos Pequenos Negócios no Brasil, realizada pelo Sebrae em junho. As duas das principais operadoras (Sicredi e Sicoob) já representam juntas quase 3 em cada 10 operações novas de crédito aprovadas no país nos últimos seis meses.
O levantamento destaca também uma significativa taxa de sucesso nos pedidos feitos junto às cooperativas. Elas aparecem com 18% das solicitações feitas por empresários de pequeno porte no último semestre. Já entre o total de solicitações aprovadas, as cooperativas representam perto de 29%.
O Banco do Brasil segue sendo a instituição com maior número de pedidos aprovados (22%). A Caixa liderou entre as instituições mais buscadas (com 25%), seguida pelo Bradesco (19%) e Banco do Brasil (17%).
Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, a pesquisa mostra que as cooperativas podem crescer ainda mais a sua participação no volume de crédito concedido aos pequenos negócios. “Passada a pandemia, quando governo federal e sistema financeiro tomaram medidas emergenciais para aumentar a oferta de crédito, os bancos voltaram a adotar uma postura mais conservadora com as MPE. Nesse contexto, as cooperativas são uma excelente alternativa para os empreendedores, apresentando taxas menores, menos exigências e burocracia”, diz.
A pesquisa do Sebrae revela que falta clareza quanto aos critérios adotados pelos bancos para recusar empréstimos às MPE. Do total, 33% das empresas que tiveram o crédito negado não souberam explicar a razão ou não tiveram os motivos apresentados pelas instituições bancárias. Essa proporção havia registrado uma queda expressiva em 2022, quando 19% dos empreendedores não sabiam explicar o motivo para terem o crédito recusado.
Conta corrente (ou empresa) muito nova foi o segundo item mais citado (23%) pelos pequenos negócios entre as razões para a negativa de empréstimos. Já a recusa de empréstimo devido à inadimplência da empresa cresceu de 4% (em 2020) para 9% em 2023.
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