O aumento médio ocorreu nos últimos dez anos, mas praticamente acompanhou a inflação no período (68% pelo IPCA).
O brasileiro gastou, em média, 70% a mais para fazer refeições fora de casa em 10 anos. Para comer na hora do almoço, o trabalhador paga hoje, em média, R$ 46,60, ante os R$ 27,36 cobrados em 2014. Os dados fazem parte da Pesquisa +Valor feita pela Ticket, marca de vale-refeição e alimentação da Edenred Brasil, com cerca de 4,5 mil estabelecimentos de alimentação no país.
O Sudeste puxou os preços médios no período. Enquanto as regiões Sul, Nordeste, Norte e Centro Oeste apresentaram avanços mais discretos e em ritmo mais baixo do que as correções inflacionárias.
Enquanto o percentual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado nos últimos dez anos foi de 68,2%, o preço médio da refeição na última década no Centro-Oeste registrou aumento de 60,0%. Era R$ 26,09 em 2014 e subiu para R$ 41,75 em 2023.
Já no Sudeste a variação do custo da refeição foi de 77,7% nos últimos dez anos. A Região Sul apresentou o segundo maior aumento, de 66,5%. Na sequência, a Região Norte avançou 62% e o Nordeste aparece em penúltimo lugar, com aumento de 61,4%.
Segundo a diretora de produtos da Ticket, Natália Ghiotto, os números demonstram que os estabelecimentos se esforçaram para não repassar aos consumidores custos extras. Mesmo diante dos diversos impactos que sofreram no cenário econômico e até com a pandemia de Covid-19. “Esse levantamento também ajuda empresas a planejar melhor os benefícios para seus funcionários e fazer ajustes nos valores oferecidos”, conclui.