As buscas na internet pelas promoções caíram 18,3% neste ano, segundo pesquisa da Semrush. Mas isto não é uma má notícia. Entenda.
Em cerca de duas semanas, o comércio mundial abrirá as portas para uma das datas mais importantes do ano para o setor: a Black Friday. Segundo um levantamento da Semrush, plataforma de marketing digital especializada em visibilidade online, as buscas na internet pelo evento de promoções caíram 18,3% neste ano. Saíram de 246 mil pesquisas em setembro de 2022, para 201 mil no mesmo mês de 2023.
No entanto, outra pesquisa chama a atenção: o Google aponta que 67% dos brasileiros pretendem fazer compras em 24 de novembro. E sete em cada dez consumidores têm a intenção de gastar igual ou mais do que no ano anterior — um aumento de 5 pontos percentuais no período.
Para Erich Casagrande, líder de Marketing da Semrush no Brasil, a dualidade dos estudos indica que as pessoas estão mais informadas sobre o evento: “Essa queda não mostra a falta de interesse, mas o conhecimento adquirido pelos brasileiros nos últimos anos. As pessoas estão mais informadas sobre a data, originalmente norte-americana, mas que já se estabeleceu no calendário nacional. Nos Estados Unidos, por exemplo, no mesmo período, ‘Black Friday’ somou 135 mil buscas na internet, número 32,8% menor do que no Brasil”, diz.
Além das pesquisas pelo nome do evento, a Semrush também analisou o tráfego dos sites varejistas para entender quais são as categorias que mais interessaram o bolso dos brasileiros. De acordo com o levantamento, em setembro de 2023, Turismo foi o nicho que teve o maior número de acessos, com 3,7 milhões de visitas. Seguido de Eletrônicos (2,4 milhões) e Esportes & Recreação (2 milhões).
“A análise desse tráfego aponta tendências para a Black Friday deste ano. Por ser no mês que antecede o início do verão e das férias escolares, muitas pessoas irão procurar por promoções de passagens e diárias de hotéis. O setor de eletrônicos também chama a atenção, com bastante procura dos brasileiros, assim como os itens esportivos e recreativos”, frisa Casagrande.