Duas empresas goianas que atuam no setor do agronegócio e realizaram neste ano oferta pública de ações (IPO em inglês) na Bolsa (B3) já geraram bom retorno aos seus novos acionistas: a Boa Safra e a Jalles Machado.
Duas empresas goianas que atuam no setor do agronegócio e realizaram neste ano oferta pública de ações (IPO em inglês) na Bolsa (B3) já geraram bom retorno aos seus novos acionistas: a Boa Safra e a Jalles Machado. Suas ações valorizaram (até outubro) até mais do que a média do Ibovespa.
Para quem comprou R$ 1 mil reais em ações da Boa Safra, por exemplo, já teve valorização de 46,6% neste ano. Portanto, teria no início deste mês R$ 1.464,00. Com sede em Formosa, a empresa levantou em 5 de maio deste ano R$ 460 milhões com o IPO. A Boa Safra é uma das líderes do mercado brasileiro de sementes de soja, com 6,5% de participação e capacidade de processamento de 111 toneladas de sementes por hora. Possui cinco unidades de beneficiamento: Formosa, Cabeceiras, Água Fria e Planaltina em Goiás, além de Buritis (MG).
Para quem investiu R$ 1 mil em ações da Jalles Machado em fevereiro deste ano teve ganho de 13,7% e estaria no início deste mês com R$ 1,137,00. O grupo empresarial, com sede em Goianésia, tem como principal atividade a produção de etanol e açúcar. Com o IPO, conseguiu levantar R$ 741,5 milhões, que são investidos na expansão de suas atividades.
Desistências
Outras grandes empresas goianas também preparavam o lançamento de suas ações na Bolsa, mas recuaram neste semestre depois que o mercado ficou conturbado, principalmente por conta da alta da inflação, dos juros e incertezas políticas. Entre elas, estão a São Salvador Alimentos, a Caramuru Alimentos, a LG Informática e a Teuto.
Este recuo não foi apenas de empresas em Goiás. Neste ano, foram 44 empresas que estrearam na Bolsa. Entretanto, segundo levantamento do Valor, menos da metade teve suas ações mais valorizadas que a média do mercado (Ibovespa), que neste ano acumula perdas de mais de 10%. Algumas sofreram uma desvalorização bem maior do que isso, por conta da forte volatidade do mercado.
Apenas 18 das 44 companhias que estrearam na Bolsa neste ano ganham da variação registrada pelo Ibovespa no período desde o IPO até o dia 3 de novembro. Dessas, apenas 11 têm valorização desde que começaram a ser negociadas. Entre elas, as duas goianas. Outras sete até ganham do Ibovespa, mas têm perdas desde que estrearam.