Setor goiano de TI lidera inovações no mercado de trabalho

A pandemia de Covid-19 trouxe mudanças para o contexto do trabalho. Surgiu uma abertura para novos formatos e a ida ao escritório vem sendo substituída por modelos mais confortáveis para o trabalhador e compensatório para a empresa. Conforme fontes do segmento de recrutamento e RH, empresas goianas de diferentes segmentos têm aderido a essas mudanças e reafirmando essa realidade.

O modelo híbrido, work from anywhere (trabalhe de qualquer lugar), 100% home office (trabalho de casa), semanas de quatro dias de trabalho, e a lista de novos modelos flexíveis de trabalho crescem a cada dia. Em pesquisa feita pelo LinkedIn, 70% dos trabalhadores preferem o modelo híbrido, outros 20% o modelo home-office e apenas 10%, principalmente em segmentos que dependem do contado, ainda preferem o modelo presencial.

A sócia-proprietária da empresa IN Consult, Isabella Santana, especialista desse segmento, analisa que, para o trabalhador e para os negócios, esses avanços foram transformadores. “Trouxe muita comodidade. Os trabalhadores estão rendendo mais, segundo métricas internas, cerca de 30% mais e em rotinas mais compactas, chegam a 50% mais rendimento. Para a empresa o fato de dispensar alguns benefícios e gastos de infraestrutura o balanço pode ser muito compensatório”, afirma ao EMPREENDER EM GOIÁS.

Resistências

Apesar de ser uma crescente, segundo Isabella, existem alguns segmentos que possuem resistência. Um receio antigo de não confiar no colaborador. “Em Goiás, os segmentos de tecnologia, recursos humanos (recrutamento e seleção), bancos, atendimento ao cliente lideram nesse quesito inovação. Todas as empresas que adotaram esses modelos no Estado, ganharam o selo Great Place to Work (GPTW – 2021)”, diz.

Sobre o modelo híbrido, a consultora de gestão da Consultoria Agregar, Ângela Ferreira, afirma que é o mais válido para cargos de gestão e alinhamento para empresas que estão entrando nesse nível de modernidade.

“Em diversas empresas, como a Tahto, os gestores precisam comparecer de 1 a 2 vezes presencialmente na empresa, para alinhamento e planejamento. Essa é uma ótima estratégia para segmentos que ainda estão entrando nessas modernidades. Colocar um modelo híbrido para dar conforto e ainda sim existir o contato”, frisa Ângela Ferreira.

As duas consultorias confirmam o cenário goiano, em segmentos que existem setores de tecnologia, por conta de falta de demanda profissional há aceitação maior por esses modelos. Isso para preencher vagas disponíveis com profissionais requisitados. Outro setor apontado são as áreas de comunicação que, mesmo antes da pandemia, já faziam esse movimento de vanguarda na rotina de trabalho.

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