domingo, 28 de abril de 2024
Mercado de trabalho em Goiás está muito aquecido

Mercado de trabalho em Goiás está muito aquecido

Sobram vagas de empregos para profissionais qualificados ou não em Goiás, do setor de tecnologia ao agronegócio. Alguns setores enfrentam apagão de mão de obra.

18 de janeiro de 2023

Profissionais qualificados na área de TI são muitos disputados no mercado

O mercado de trabalho está aquecido em Goiás e não faltam empregos para profissionais qualificados. Uma tendência que deve se manter em 2023. Profissões ligadas a tecnologia, desde as de desenvolvedores de software até a de vendedor, passando pelo marketing digital, vêm com um histórico recente de grande oferta de vagas.

Especialmente depois que a pandemia de Covid-19 escancarou a falta de fronteiras proporcionada pelo ambiente digital e o trabalho em home office. Profissionais dessas áreas vêm sendo procurados por recrutadores do Brasil e de outros países e podem trabalhar sem sair de casa ou do escritório, na cidade em que moram.

Por outro lado, há um verdadeiro apagão de profissionais em áreas que não exigem tanta qualificação. Mas que formam a base, principalmente no setor de serviços. A consultora Helena Ribeiro, sócia fundadora do Grupo EMPZ e da Faculdade Esup, conta ao EMPREENDER EM GOIÁS (EG) que já houve ocasião, na região de Rio Quente, de fazer recrutamento de profissionais em um carro de som com o selecionador dentro do veículo.

“O mercado está muito aquecido e para os profissionais da base da pirâmide, temos falta de mão de obra. Principalmente na área de turismo, hotelaria, bares e restaurantes. Faltam camareiras, cozinheiras, garçons, pessoas da área de limpeza”, relata Helena Ribeiro, também conselheira do Winning Women EY Brasil. Segundo últimos levantamentos divulgados pelo IBGE, a taxa de desemprego em Goiás é a menor desde 2014.

Dilze Percílio: “Engana-se quem pensa que o agro é só fazenda”

Tecnologia e comunicação

Em compensação, as profissões que pedem maior qualificação têm vagas e existe disputa entre as empresas por bons profissionais. “Os mercados que estão demandando mais são o da tecnologia e da comunicação. Há disputa por desenvolvedores, analistas de dados, que cuidem das interfaces dos aplicativos, e temos toda uma gama de produtos e serviços de softwares, jogos, aplicações para metaverso, inteligência artificial. Essas áreas continuarão muito aquecidas”, avalia a socióloga Dilze Percílio, diretora da Apoio Negócios e Sprint Mentoria de Carreira.

Outra área que Dilze aponta como em alta é a da comunicação e venda ligada ao digital, na qual atuam profissionais de marketing digital, social media, criadores de conteúdo, de mídias, arte, vídeos, designeres. “Temos o pessoal com habilidade de vender, comercializar o digital, os chamados SDRs, que que trabalham e prospectam, o vendedor e os que atuam com desenvolvimento, que vão criar e gerenciar os market places, onde esses produtos são vendidos”, explica.

Agronegócio

Analisando os últimos dois anos, Helena Ribeiro pondera que Goiás está entre os cinco que mais empregaram e mais tiveram ofertas. “Tivemos mais pessoas empregadas nos últimos cinco anos, o que vai na contramão do Brasil e do mundo. Isso deve-se muito ao que aconteceu em 2022, com abertura de capitais e bom desempenho do agronegócio”, pontua a consultora. Ela acrescenta que Goiás tem um setor de serviços forte, seguido de mineração, comércio varejista, indústria e construção civil.

“Entre os setores e áreas mais demandadas, destacamos controladoria, finanças e contabilidade, devido às compliances, e bancos de investimentos, seguidas de gestores da área financeira. Para profissionais qualificados nestas áreas, não faltam empregos. O setor de tecnologia está sempre demandando”, frisa. Helena Ribeiro cita ainda como setores com tendência de alta em Goiás como saúde e bem-estar, beleza e alimentação saudável, esporte, recreação e negócios digitais.

Dilze Percílio aponta ainda que o Estado e, mais particularmente, a Região Metropolitana de Goiânia, estão se tornando referência no desenvolvimento de softwares e aplicativos. “Temos muitas empresas nacionais demandando e hás ainda o agronegócio, que tem uma cadeia produtiva muito grande. E se engana quem pensa que o agro é só fazenda. Falamos de pessoas que trabalham com comércio exterior, pesquisa e desenvolvimento, produção”, ressalta.

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2 thoughts on “Mercado de trabalho em Goiás está muito aquecido”

  1. Marcelo Leonardo disse:

    Pena que o nivel salarial de goiania é um dos piores do Brasil. De que adianta ficar carregando slogans de “cidade dos milionarios”, “cidade serteneja da prosperidade”, “cidade dos imoveis de luxo”, se os salarios pagos aos colaboradores são baixos?