Dados apontam uma oportunidade para as empresas, que podem se preparar com antecedência para venderem mais.
Levantamento da Nielsen com a Toluna aponta que eletrodomésticos e celulares representam 59% e 57%, respectivamente, dos desejos dos brasileiros para a Black Friday de 2022. Em seguida, vem vestuário com 56%. De acordo com Claudio Dias, CEO da Magis5, boa parte dos lojistas antecipa as promoções para o início de novembro.
Pesquisa do UOL constatou que a maior parte dos brasileiros (76%) não sabe que o primeiro jogo do Brasil na Copa (24 de novembro) será um dia antes da Black Friday. Diante desta informação, 42% disseram que isso impulsionará seu interesse em comprar mais na Black Friday.
As categorias mais citadas como de interesse foram: vestuário, televisão, cerveja, smartphones e salgadinhos. Esses números apontam uma oportunidade para as empresas, que podem se preparar com antecedência para o período.
Já o Mercado Livre acredita que a venda de comidas e bebidas no período da Copa seja 37% maior do que a de eletrônicos.
Dos 62% que pretendem comprar na Black Friday desse ano, 36% têm intenção de fazer somente na internet. Enquanto 16% comprarão somente em lojas físicas. O percentual de consumidores que pretende comprar na internet e loja física subiu de 38% no ano passado para 48% em 2022.
O estudo também indicou que 95% dos consumidores costumam pesquisar os preços antes na internet. Destes, 61% têm o costume de pesquisar duas ou mais vezes antes da data. Por isso, é importante que as lojas se atentem cada vez mais ao pré-Black Friday.
Dentre os fatores que mais influenciam as compras online, destacam-se o valor do frete ou frete grátis (50%), prazo de entrega (29%), cashback e variedade de produtos (28%).
Claudio Dias alerta aos empreendedores que é fundamental entender o comportamento do consumidor antes de pensar em ações para não se precipitar. “É preciso que cada empresa conheça o seu público e se prepare para que o estoque não falte. A entrega deve ser rápida e o atendimento pontual”, sublinha o CEO da Magis5.
Para não sair atrás da concorrência, vale criar expectativa com gatilhos mentais. Como o de antecipação, do tipo “aguarde”, desde que as ações cumpram com aquilo que for ofertado. “Outra dica é acompanhar os preços desde agora e monitorar as variações ao longo dos dias para ver se realmente compensa comprar antes ou esperar”, ressalta Claudio.
“Para ter mais sucesso na Black Friday, é preciso investir em estratégias pensadas nas necessidades do seu público-alvo e elaborar métodos para se diferenciar dos concorrentes. Os dados da pesquisa apontam que além de preços mais baixos, fatores como frete, agilidade, múltiplas opções de produtos e confiança no momento da venda são questões que influenciam na tomada de decisão de compra do cliente”, diz Paulo Samia, CEO do UOL Conteúdo e Serviços.
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