domingo, 28 de abril de 2024
Brasil vence e bares goianos comemoram vendas

Brasil vence e bares goianos comemoram vendas

Vitória do Brasil na Copa fez o consumo de cerveja aumentar 30% nos bares de Goiânia e setor já se preocupa com uma falta do produto.

26 de novembro de 2022

Aumento significativo nas vendas de cervejas faz bares se preocuparem com logística

A Copa do Mundo do Catar já impulsiona as vendas de cervejas, em uma época em que tradicionalmente o consumo se aquece, com a chegada das festas de fim de ano. O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) Goiás, Danillo Ramos, projeta um crescimento de 30%. A emocionante estreia da seleção brasileira, na última quinta-feira (24/11), contra a Sérvia, já deu uma mostra do potencial da combinação de Copa com cerveja. Nesta segunda-feira (28/11) haverá o segundo jogo. E a torcida já é grande.

Ao mesmo tempo em que comemoram o aumento significativo no consumo do produto, donos de bares e restaurantes temem problemas com logística. “Estamos em um misto de empolgação e preocupação com o abastecimento do mercado de cerveja”, informou Danillo ao EMPREENDER EM GOIÁS após o jogo do Brasil no Catar. “Já verificamos essa dificuldade de compra no pré-jogo da seleção, por parte de muitos comerciantes”, relatou.

Entretanto, Danillo descarta uma crise de abastecimento de cerveja. “Não vemos hipótese de desabastecimento. Mas, em outros períodos de final de ano, já tivemos a mesma situação de dificuldade de encontrar para comprar”, explica. Diante disso, muitos donos de bares e restaurantes já fazem estoques. Para o presidente da Abrasel Goiás, não é dificuldade de produção, mas de logística de distribuição.

O Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv) projeta um crescimento no consumo de 8% em relação ao ano passado, quando foram consumidos 14,3 bilhões de litros. Para 2022, as projeções aumentam um volume de vendas de 15,4 bilhões de litros.

Artesanal

Para um segmento que experimenta franco crescimento, o das cervejas artesanais, a Copa do Mundo também deve representar um incremento nas vendas. “Ainda é cedo para estimar um percentual, mas essa Copa tem a particularidade de coincidir com uma época que é de pico nas vendas”, diz o empresário e cervejeiro Henrique Augusto Martins, proprietário da Lola Cervejaria. Há quatro meses ele abriu seu primeiro bar, no Jardim América, em Goiânia. Depois de experimentar crescimento orgânico, com o volume de vendas aumentando ano a ano.

Henrique explica que a sazonalidade é uma das características do mercado que ele conhece bem. Até 2021, ele presidiu a Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva) em Goiás e hoje integra a diretoria da Associação dos Cervejeiros Artesanais de Goiás (ACervA Goiana). O pico do fim de ano deve-se ao clima festivo, com comemorações, que aumentam os serviços de delivery, eventos corporativos e residenciais, que demanda toda uma estrutura logística para atender os clientes. Depois, nos meses de janeiro e fevereiro há uma queda, mas o mercado se recupera ao longo do ano.

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