Para o Sebrae, é resultado direto do expressivo crescimento de MEIs e redução das fontes de financiamentos.
De cada 10 micro e pequenos empresários, 6 recorreram a empréstimos pessoais nos últimos cinco anos para captar financiamento bancário. Ou seja: não utilizaram a pessoa jurídica do negócio. Este percentual representa um recorde na série histórica da pesquisa “Financiamento dos Pequenos Negócios no Brasil”, iniciada em 2013 pelo Sebrae.
Para o Sebrae, é resultado direto do expressivo crescimento do número de novos MEIs na economia e da redução das fontes de financiamentos.
“Entre 2020 e 2022, foram criados no Brasil, segundo o Portal do Empreendedor, do Ministério da Economia, 5,2 milhões de novos microempreendedores individuais. Isto representa o perfil do dono de pequeno negócio que mais recorre aos empréstimos pessoais para financiar a empresa”, diz o presidente do Sebrae, Carlos Melles.
O levantamento do Sebrae também mostra que, entre 2020 e 2022, cresceu a proporção de empresários que encontraram dificuldades para obter um novo crédito ou financiamento. A proporção saltou de 63% para 84% (recorde histórico da série).
A falta de garantias reais (20%), a taxa de juros muito alta (17%) e a falta de avalista/fiador (11%), foram as dificuldades mais citadas pelos donos de pequenos negócios que buscaram empréstimo ou financiamento bancário.
O fator escolaridade também afeta esse cenário. Quanto maior o nível de escolaridade, maiores são as chances de o empreendedor usar os caminhos convencionais para buscar crédito para a empresa.
Entre os donos de pequenos negócios com pós-graduação, por exemplo, cerca de 63% usam a pessoa jurídica para recorrer aos bancos. Já entre os empreendedores com nível fundamental, apenas 32% adotam o mesmo caminho.
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