domingo, 28 de abril de 2024
Grupo Sallo investe em novos equipamentos

Grupo Sallo investe em novos equipamentos

Uma das maiores confecções do Centro-Oeste, o Grupo Sallo investirá no primeiro semestre deste ano na aquisição de maquinário com tecnologia inovadora.

25 de janeiro de 2023

Maria Fernanda, do Grupo Sallo: “Nosso maior foco é manter o avanço tecnológico na produção”

Uma das maiores confecções de moda do Centro-Oeste, o Grupo Sallo no primeiro semestre deste ano R$ 3,3 milhões na aquisição de maquinário com tecnologia inovadora. Importadas da China, serão cinco máquinas retilíneas para confecção ao valor total de R$ 2 milhões. Além disso, serão destinados R$ 800 mil para a automação da camisaria (carro-chefe da indústria). E outros R$ 500 mil na ampliação da produção na Penitenciária Odenir Guimarães (POG).

Todos esses investimentos serão feitos pela empresa goiana no primeiro semestre de 2023. Eles se somam aos valores investidos no final do ano passado. Como a importação de quatro máquinas de bordado computadorizadas multifuncionais, ao custo de R$ 4 milhões. Elas possibilitam a confecção de 20 mil peças por mês com bordados de alto valor agregado.

“Temos grande know how em bordado, estamparia e esses equipamentos nos dão condições de produzir peças com exclusividade”, afirmou ao EMPREENDER EM GOIÁS (EG) a sócia-fundadora Maria Fernanda Bessa Mattos.

Nova tecnologia

A empresa lança nesta semana, na feira Fenin Fashion, em Gramado (SC), a sua primeira camiseta com tecnologia NFC (Near Field Communication, comunicação por campo de proximidade, em português). Também apresenta a sua camiseta feita com ouro e diamante, que ficará exposta no evento e depois será leiloada com o lucro revertido para ações sociais. Outra novidade é o lançamento da Sallo Beer, que traz uma etiqueta emborrachada que adere à tampa, dando suporte para a abertura da garrafa, sem estragar a roupa ou machucar a mão.

Com 26 anos no mercado, o Grupo Sallo tem sede em uma área de 30 mil metros quadrados em Aparecida de Goiânia, onde trabalham 450 colaboradores. Além disso, tem cerca de 1,5 mil costureiros e costureiras que trabalham no modelo de facção. A produção anual é de 2,3 milhões de peças.

Com representantes de vendas em todos os Estados brasileiros, Maria Fernanda diz que o grupo quer fortalecer o seu e-commerce. Mas reconhece que ainda é um projeto pequeno, diante das outras prioridades. “Nosso maior foco é manter o avanço tecnológico na produção”, diz. As máquinas de bordado, adquiridas em 2022, fazem aplicação de cordões, lantejoulas e outros objetos aos bordados. Já as últimas importadas são para tecelagem de golas e punhos.

Reeducandos

O Grupo Sallo trabalha com os reeducandos da Penitenciária Odenir Guimarães (POG), no complexo prisional de Aparecida de Goiânia. Em média, pouco mais de 100 presos participam do projeto. Como resultado, ganham um dia de remição da pena a cada três dias trabalhados na confecção.

“É um modelo em que todos ganham: os reeducandos, porque reduzem a pena e recebem salários; o governo, por ter um projeto dentro do presídio, que dá oportunidades; e nós também, porque, mesmo pagando salários, temos o benefício da isenção de tributos nessa atividade no presídio”, diz Maria Fernanda.

A empresa investiu na construção de um módulo onde ficam os detentos selecionados pela administração, com 148 vagas. “Hoje temos de 15 a 20 pessoas trabalhando conosco na fábrica, que terminaram de cumprir a pena e quiseram continuar”, relata a empresária. “Há casos de pessoas que conseguiram até montar seu próprio negócio”, conta. Neste ano serão abertas mais 100 vagas.

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