sábado, 27 de abril de 2024
Construtoras estão otimistas com Minha Casa, Minha Vida

Construtoras estão otimistas com Minha Casa, Minha Vida

Sinduscon prevê que o programa federal vai destinar R$ 350 milhões para financiar construção de moradias neste ano em Goiás.

26 de janeiro de 2023

Governo Lula deve relançar em fevereiro o programa de moradias populares

O anúncio da recriação do Programa Minha Casa, Minha Vida, pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), trouxe otimismo para o setor da construção civil em Goiás. A medida provisória que trata do programa deve ser publicada até meados de fevereiro. O governo reservou, na PEC da Transição, R$ 10 bilhões para a construção de moradias populares em todo o País. Proporcionalmente à população do Estado, o setor projeta que Goiás receba em torno de R$ 350 milhões, o equivalente a 3,5% do total.

Entretanto, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção de Goiás (Sinduscon), Cezar Mortari, alerta que conseguirá mais a empresa que se adiantar com a apresentação de projetos. “De modo geral, estamos otimistas. Principalmente as empresas que atuam com esse segmento, que praticamente tinha acabado”, frisa Mortari ao EMPREENDER EM GOIÁS (EG).

Ele afirma que no ano passado foram poucas as unidades construídas pela Casa Verde Amarela, nome dado ao programa durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). “Acreditamos que agora o programa deve voltar com força”, afirma.

Revigorar o setor

Em Goiás, o programa federal Minha Casa, Minha Vida deve revigorar o setor da construção. “No auge do programa, em 2013, 50% do mercado goiano era representado por esse projeto”, relata. Naquele ano, no Brasil foram construídas 700 mil unidades. Contudo, no ano passado, foram construídas apenas 70 mil unidades. “Tivemos uma redução drástica, mas acreditamos que voltaremos a crescer nesse nicho”, avalia.

O presidente do Sinduscon-GO calcula ainda que o número de novos empregos gerados deve crescer mais de 30% com o retorno do programa federal.

O novo governo já adiantou que o programa vai contemplar a faixa com renda familiar mensal de até R$ 2,4 mil, o equivalente a aproximadamente dois salários mínimos, que é justamente a que tem maior déficit habitacional. Mortari destaca a importância da lei aprovada no ano passado que prevê a possibilidade de entrar o FGTS futuro ou consignado (que o trabalhador ainda vai receber) na composição da renda familiar.

“Muitas famílias no limiar de renda de R$ 2 mil acabavam ficando fora por não conseguirem o financiamento bancário, o que é um absurdo”, afirma Morari. O prazo máximo de financiamento bancário também aumentou de 30 para 35 anos. “Tudo isso vai viabilizar para milhões de mutuários”, diz.

Subsídios

Mas, o presidente do Sinduscon defende a aprovação do projeto de lei complementar que institui, no âmbito da Prefeitura de Goiânia, um subsídio municipal para se somar ao do governo federal. Na capital goiana é de aproximadamente R$ 40 mil. Esse projeto é um dos complementares ao Plano Diretor da cidade e está em tramitação na Câmara Municipal. “Tivemos um aumento muito grande nos custos da construção. Um subsídio de R$ 40 mil era suficiente, mas hoje não é mais”, afirma. Segundo o empresário, a ideia é que Estado e municípios completem esses valores.

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