segunda-feira, 29 de abril de 2024
Informalidade é a principal causa da falta de mão de obra

Informalidade é a principal causa da falta de mão de obra

O setor da construção civil em Goiás está com mais de 1 mil vagas abertas, mas não há candidatos interessados. Entenda os motivos.

1 de março de 2023

Antonio Carlos (Sebrae) e Sandro Mabel (Fieg): trabalho conjunto para buscar soluções para reduzir a escassez da mão de obra na construção civil

O setor da construção civil em Goiás está com mais de 1 mil vagas abertas, mas não há candidatos interessados. A concentração de trabalhadores na informalidade é a principal causa.  A realidade foi revelada nesta quarta-feira (1/03) pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e pelo Sebrae Goiás. As duas entidades detalharam os resultados da pesquisa realizada pelo IEL Goiás sobre escassez de profissionais qualificados na construção civil.

O IEL avaliou o desempenho das atividades do setor e os gargalos a serem corrigidos a fim de encontrar subsídios para enfrentar seus inúmeros desafios. Empresas e profissionais do setor apontaram como principais fatores geradores da escassez de mão de obra o baixo número de novos entrantes no mercado de trabalho do setor. Além da migração para a informalidade e a ampliação dos registros de MEI. Também influenciaram a falta de interesse pelo trabalho pesado na construção.

Salários baixos

Entre os trabalhadores que participaram da pesquisa, 87% disseram ser melhor trabalhar na informalidade. Já para 13%, o trabalho registrado é melhor. Em relação à opinião dos trabalhadores formais e informais, foi identificado que um dos problemas está relacionado aos baixos salários. Isto os desmotivam na busca por trabalho registrado, bem como a falta de mecanização nas obras, levando muitos trabalhadores a reclamarem do trabalho pesado nos canteiros de obra.

“Nós, da Fieg, do Sesi, do Senai e do IEL, vamos utilizar nossos melhores e mais modernos recursos para ajudar a sanar a escassez de mão de obra e contribuir com o desenvolvimento de nosso Estado e de nossa economia”, afirmou o presidente da Fieg, Sandro Mabel. Para diretor-superintendente do Sebrae Goiás, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, o mais importante é que passamos a ter clareza de como está contextualizada a movimentação da ocupação da mão de obra na construção civil e o trabalho que o Sebrae e o Sistema Fieg farão daqui para frente.

Leia também: Confira quais setores mais empregam em Goiás

Wanderley de Faria é jornalista especializado em Economia e Negócios, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA/FEA/USP - BM&FBovespa

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