segunda-feira, 29 de abril de 2024
A boa notícia é que a geração de empregos em Goiás foi a sexta maior no País em fevereiro. A má é que tem sido menos vagas do que em 2022.
Uma boa notícia: foram gerados 11.490 novos empregos formais em Goiás no mês de fevereiro deste ano. Trata-se do saldo de 74.899 admissões e 63.409 demissões no período. Portanto, um saldo positivo de 0,83%. Este resultado foi o 6º melhor entre todos os Estados e o Distrito Federal.
A má notícia: com a economia brasileira cambaleante, a geração de novos empregos em Goiás tem perdido fôlego nos últimos meses. Por exemplo, o resultado de fevereiro deste ano foi menor que o do mesmo mês de 2022, quando foram gerados 17,5 mil novas vagas no mercado de trabalho goiano.
A média salarial dos novos empregos gerados em fevereiro deste ano em Goiás foi de R$ 1.750,85. É uma redução de 2% em relação ao mês anterior. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia (veja aqui os dados completos).
A desaceleração econômica causou redução na geração de novos empregos formais em todo o País em fevereiro, 241.785 postos de trabalho com carteira assinada foram abertos em fevereiro. Comparado com o mesmo mês de 2022, houve queda de 26,4%, quando foram criados 328.507 postos de trabalho.
Considerando os meses de janeiro e fevereiro, foram abertas 326.356 vagas. Esse é o resultado mais baixo para os dois primeiros meses do ano desde a reformulação do Caged, em 2020. Os destaques na criação de empregos em fevereiro foram São Paulo (65,3 mil novos postos), Minas Gerais (26,9 mil) e Paraná (24 mil). Os menores crescimentos ocorreram no Amapá (139), Alagoas (160) e Roraima (220).
Na divisão por ramos de atividade, quatro dos cinco setores pesquisados criaram empregos formais em fevereiro no Brasil. A estatística foi liderada pelos serviços, com a abertura de 164,2 mil postos, seguido pela construção civil, com 40.380 postos a mais. Em terceiro lugar, vem a indústria (de transformação, de extração e de outros tipos) com a criação de 22.246 postos de trabalho.
O nível de emprego aumentou na agropecuária, com a abertura de 16.284 postos. Somente o comércio, pressionado pelo fechamento de vagas temporárias típico do início de ano, extinguiu empregos com carteira assinada no mês passado, com o fechamento de 1.325 vagas.
Saiba mais: Geração de empregos desacelera em Goiás e no Brasil
O cenário econômico interno não tem ajudado as empresas abrirem mais oportunidades de trabalho como em outros tempos.
O crédito caro dificulta novos investimentos e com isso as coisas não andam como deveriam andar, para atender as demandas da população.
A expectativa é que com a aprovação do arcabouço fiscal pelo presidente e sua divulgação, comece a abrir espaço para a redução da taxa Selic e os investimentos comecem a serem realizados.
A economia precisa de crédito e menos tributos para dar um passo à frente rumo ao desenvolvimento e consequente aumento de receita para o setor público.
Goiás vivência a primeira fase do processo de industrialização, a chamada indústria de consumo não duráveis, com destaque para alimentos e bebidas, cuja demanda é grande, por isso Goiás, sente menos do que os outros Estados, os efeitos dos juros nas alturas obtendo assim melhores resultados nos indicadores econômicos e sociais.