domingo, 28 de abril de 2024
Número de locadoras em Goiás dobra em um ano

Número de locadoras em Goiás dobra em um ano

Já são mais de 700 locadoras em atuação no Estado, com uma frota de 17,6 mil veículos. Setor tem demanda para mais 4 mil carros.

12 de abril de 2023

Adriano Donzelli: carros por assinatura impulsionam o mercado de locação

O número de locadoras de carros em Goiás cresceu 96% em um ano. Passou de 369, em 2021, para 724, em 2022. A frota de veículos para locação no Estado teve acréscimo de 10,5%, de 15.996 para 17.676 unidades. O número de empregos diretos gerados teve desempenho semelhante, com aumento de 10%, chegando a 3.178. Os dados integram o Anuário Brasileiro do Setor de Locação de Veículos de 2023, divulgado pela Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis (Abla).

Conforme o presidente do Sindicato das Locadoras de Veículos em Goiás, Adriano Donzelli, a tendência de crescimento deve se manter alta. Um dos fundamentos é a demanda de cerca de 4 mil carros para o setor em Goiás. “Faltaram veículos no ano passado e tivemos de segurar alguns dos que já poderiam ser trocados”, explica. Em média, veículos de aluguel permanecem nessa condição por até 2,5 anos e depois vão para o mercado de usados.

Igualmente esse é um dos motivos para a queda de 21% no número de emplacamentos, de 6.654, em 2021, para 5.255, em 2022. “As montadoras estabeleceram uma política de priorizar as vendas no varejo. Mas, ainda assim, as locadoras compraram 40% de tudo o que foi produzido no Brasil”, explica Donzelli. Ele acrescenta que o negócio de aluguel de carros contribui para o setor automobilístico como um todo.

O presidente do Sindicato das Locadoras pontua que o mercado cresce impulsionado por um novo segmento: o do carro por assinatura, um tipo de locação. Primeiramente, há mais de uma década, as empresas fizeram as contas e concluíram que alugar um veículo fica mais em conta do que ter a propriedade. Dependendo do tipo da empresa e do carro, a economia varia de 7% a 20%, assegura Donzelli.

Uber

Depois da terceirização das frotas das empresas, veio outro fenômeno, dos carros de aplicativos, cujos motoristas dependem do carro para trabalhar. Em Goiás, a participação na frota, segundo o Anuário, é de 70% para terceirização, 20% para turismo de lazer e 10% para turismo de negócios. “O Uber é bom, mas tem alcance limitado”, entende Donzelli, citando como exemplo quem quer ir para uma chácara no fim de semana. “Meu neto não vai dirigir”, aposta.

E a paixão do goiano por carros? Para o presidente do Sindicato das Locadoras, quando faz as contas e vê a economia, a tendência é migrar para o aluguel. Ele exemplifica com o agronegócio e garante que grande parte das empresas desse mercado migrou para o aluguel. “É uma realidade sem volta”, frisa.

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