domingo, 28 de abril de 2024
Renda fixa ou variável: qual a melhor opção?

Renda fixa ou variável: qual a melhor opção?

Com os juros ainda altos, investimentos de renda fixa tendem a ser mais atraentes. Mas a renda variável pode se tornar interessante.

21 de abril de 2023

A taxa Selic é o parâmetro de juros praticados no Brasil. Definida pelo Banco Central, há seis meses a taxa tem permanecido em 13,75% ao ano. Aliás, o seu patamar mais elevado desde 2017. No entanto, os números do último IPCA vieram mais baixos do que o esperado, dando indícios de que uma possível diminuição da Selic poderá estar mais próxima. Além disso, o governo Lula tem pressionado muito pela redução dos juros no País, para incentivar o consumo e a recuperação da economia nacional.

No meio desse cenário estão os investidores, que aguardam o desenrolar de elevações e diminuições para traçar estratégias de investimentos. Com a Selic em patamares altos, investimentos de renda fixa tendem a ser mais atraentes para o investidor. Com a queda da taxa de juros, a renda variável pode se tornar interessante.

Especialista em mercados financeiros e assessor na iHUB Investimentos, Daniel Abrahão diz que outro fator deve ser considerado. “Com Selic a 2% ou Selic a 30%, o melhor investimento deve ser realizado conforme o perfil de risco do investidor e horizonte de tempo para os investimentos. Com essas prioridades sanadas abre-se um leque de possibilidades”, comenta.

Renda variável

Não necessariamente, o principal guia para os investimentos deve ser o perfil de risco do investidor e o horizonte de previsão. Com isso em mente, a possibilidade da renda variável, admitindo um horizonte com um prazo maior e um perfil de risco adequado, torna-se uma alternativa de diversificação. Adotando a estratégia de comprar barato, em um ambiente de contra-senso e contra fluxo de investimentos.

“Em um cenário de altos juros, ações de setores específicos podem se beneficiar, dependendo da taxa de juros futuros”, diz o assessor de investimentos. Outro caminho para investimentos em renda variável podem ser os Fundos Imobiliários (FII´s). Em um ambiente de juros altos, eles tendem a ficar negativos. Porém, abre-se a possibilidade de comprar na baixa.

Renda fixa

Existem três possibilidades atrativas na renda fixa com o cenário de alta na Selic: IPCA+; CDI e Pré-fixado. Deve ser levada em consideração sempre a diversificação nesses casos. No caso do IPCA+, se o horizonte de investimentos for de longo prazo, abre-se a possibilidade de contratar taxas fortes, como IPCA+7%. Pelo menos 100% do CDI: se o patamar da Selic nas projeções não estiver no auge, ou até uma necessidade de investimentos de curto prazo. E Pré-Fixado, se a projeção for de queda da Selic e o horizonte de investimento for de médio longo prazo.

No caso de papéis atrelados ao CDI, nominalmente, eles podem render menos, já pré-fixados tendem a serem favorecidos. “É necessário reforçar que depende do perfil de risco e horizonte de investimentos. Investir não é algo igual para todos. O investimento deve ser tratado de forma individual. Isto requer na maioria dos casos acompanhamento de um assessor de investimentos ou especialista na área”, finaliza Abrahão.

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