segunda-feira, 29 de abril de 2024
Loja da Tok&Stok será mantida (por ora) em Goiânia

Loja da Tok&Stok será mantida (por ora) em Goiânia

EMPREENDER EM GOIÁS confirma que a loja na capital goiana será mantida pela rede varejista que enfrenta a sua maior crise financeira.

26 de abril de 2023

Entrada da loja da Tok&Stok no Flamboyant Shopping Center, em Goiânia

A rede varejista Tok&Stok vai manter aberta a sua loja em Goiânia. Pelo menos, por ora. Segundo informações que o EMPREENDER EM GOIÁS (EG) obteve com fontes no Flamboyant Shopping Center, onde a unidade está instalada há muitos anos. Entretanto, a empresa tem encerrado operações em diversas capitais. Motivo: enfrenta a sua mais grave crise financeira desde 1978.

Procurada pelo EG, a assessoria de imprensa da Tok&Stok informou que nada seria comentado a respeito pela empresa. Nem mesmo confirma se a rede vai manter a sua operação na capital goiana.

A dívida da empresa chega a R$ 600 milhões. O primeiro sinal de que a situação era crítica aconteceu quando alguns proprietários dos pontos comerciais locados pela Tok&Stok pediram a devolução dos imóveis por atrasos nos pagamentos. Além disso, uma consultoria de tecnologia entrou com um pedido de decretação de falência da empresa na Justiça de São Paulo.

Reestruturação

Isto acontece em um momento de reestruturação da Tok&Stok. No início deste ano, a empresa contratou a consultoria Alvarez & Marsal para formatar uma reorganização financeira da sua dívida. Em 2020, chegou a tentar realizar um IPO (sigla em inglês para uma oferta pública inicial de ações na bolsa), mas desistiu.

A empresa apostou na expansão do varejo e reforçou estoques que não conseguiu desovar. Os custos fixos também aumentaram, enquanto as vendas diminuíam e a dívida aumentava. Há algumas semanas, a Tok&Stok iniciou processo de reestruturação com o fechamento de lojas em alguns Estados, especialmente no Nordeste brasileiro. Promove também queima de estoque, com descontos de até 50%.

A rede varejista foi fundada há quatro décadas pelo casal Régis e Ghislaine Dubrule. Em 2012, venderam 60% da empresa para o fundo de private equity do grupo Carlyle, por R$ 700 milhões. Que agora avalia uma injeção de capital de R$ 100 milhões para manter o negócio de pé.

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Wanderley de Faria é jornalista especializado em Economia e Negócios, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA/FEA/USP - BM&FBovespa

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