Empresa goiana inova na impressão de tecidos naturais

A indústria têxtil Atelier Tecidos, de Goiânia, é a primeira fora do de São Paulo a imprimir estampas em tecidos de fibras naturais. Para isso, fez um investimento aproximado de R$ 10 milhões, na aquisição de duas impressoras de tecidos Epson, modelo Monna Lisa. Além do galpão industrial, poço artesiano, energia solar, treinamento de mão de obra e maquinário. Contudo, os equipamentos ficaram em testes desde setembro do ano passado, quando chegaram, até agora.

As impressoras têm a vantagem de fazer o processo de forma digital, o que confere agilidade e economia de tecido, tinta e água. Diretora criativa da empresa Atelier Tecidos, Cléia Souza conta que hoje a empresa lança, em média, 80 estampas por semana, em oito tipos de tecidos de fibras naturais. “Só muda a gramatura”, explicou em entrevista ao EMPREENDER EM GOIÁS (EG).

Quando começou a imprimir estampas, em poliéster, por um método chamado sublimação, Cléia relata que produzia 20 mil metros por mês. Atualmente, produz 200 mil. A empresária goiana trabalha com estampas há 25 anos. No início, tinha um ateliê de pintura a mão e chegou a ter 40 colaboradores, produzindo para magazines de todo o país. “Troquei o pincel pelo mouse”, diz. Há seis anos, trabalha com a sublimação.

Logo depois, há três anos, ela e o marido Dênis Lemos diretor administrativo da empresa, iniciaram os preparativos para a impressão em fibras naturais. A pandemia de Covid-19 adiou os planos, que agora se tornaram realidade. “Eu sonho e ele executa”, brinca Cléia. A empreendedora conta que teve propostas de instalar o maquinário em estados como São Paulo e Pernambuco. “Quis ficar aqui porque acredito no nosso estado, amo o que eu faço e temos de investir aqui”, assegura.

Têxtil

Diretora de Vendas da Epson no Brasil, Evelin Wanke afirmou ao EG que a empresa desenvolve seu projeto na área têxtil há dez anos, de olho no mercado têxtil brasileiro, o quarto maior do mundo. Tanto que 60% da linha industrial da Epson no Brasil é para esse setor. “Goiás está entre os cinco estados brasileiros que mais produzem tecidos. Gera aproximadamente 150 mil empregos só na região da Rua 44. Então, é um mercado com muitas oportunidades”, justificou.

Ela chama a atenção para a sustentabilidade do método. Enquanto um processo reativo de impressão consome 200 litros de água a cada 50 metros de tecidos, com a Monna Lisa, isso cai para 2 litros. Além disso, há uma redução de 40% nas emissões de CO². “Temos grande satisfação com essa parceria, com a confiança que recebemos e em poder evoluir com eles”, diz Evelin.

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