Entretanto, os consumidores goianos compraram mais do que o dobro (R$ 14,6 bilhões) de fora do Estado pelo comércio eletrônico.
As empresas de Goiás venderam R$ 6,9 bilhões pelo e-commerce entre 2016 e 2022. Segundo levantamento inédito do Observatório do Comércio Eletrônico, plataforma do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) lançada nesta quinta-feira (11/5). Os dados revelam que mais da metade (53%) das vendas foram para dentro do próprio Estado. Destas, os destaques são para carros de passeio, aparelhos de celular, televisores e geladeiras.
No mesmo período, os goianos fizeram compras online de outros Estados no valor de R$ 14,6 bilhões – com predominância de aparelhos de celular, televisores, desktops e livros e similares. Ou seja: as compras de consumidores goianos de produtos de outros Estados e internacionais foram mais do que o dobro do que as vendas de de empresas goianas no comércio eletrônico. Para ser mais exato: 111,5% nos últimos seis anos.
Os dados constam de uma ferramenta – Dashboard do Comércio Eletrônico Nacional – que reúne informações sobre vendas online realizadas no Brasil com emissão de nota fiscal. O Dashboard é a primeira ferramenta pública a agregar números oficiais do comércio eletrônico no país. Até então, boa parte das informações vinha de bases privadas.
Nestes seis anos, o valor total bruto movimentado no Brasil foi de R$ 628 bilhões. As vendas online tiveram crescimento exponencial com a pandemia de Covid 19 – e a plataforma mostra o tamanho deste salto no caso brasileiro: as vendas eletrônicas foram de R$ 36 bilhões em 2016 para R$ 187 bilhões em 2022.
No panorama nacional, o líder absoluto de compras pela internet entre 2016 e 2022, em termos de movimentação financeira, foi o celular. No período, a venda de terminais portáteis de telefonia, incluindo smartphones, movimentou R$ 72,1 bilhões, ou 11,5% do total.
Na sequência, aparecem televisores, com faturamento de R$ 28 bilhões (4,5%), e notebooks, tablets e similares, com R$ 21 bilhões em vendas. Depois vêm geladeiras ou freezers, R$ 17,8 bilhões (2,8%); livros, brochuras e impressos semelhantes, com R$ 16,8 bilhões (2,6%); e máquinas de lavar roupas, com R$ 10,8 bilhões (1,7%).
A lista completa abrange milhares de produtos. De calçados a filtros d’água, de roupas a sapatos, de alimentos a móveis de madeira. Além de cosméticos, medicamentos, bijuterias, acessórios gerais, eletroeletrônicos, pneus, automóveis e até barcos.
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