domingo, 28 de abril de 2024
Instituto Senai recebe R$ 2,4 milhões da Finep

Instituto Senai recebe R$ 2,4 milhões da Finep

Recursos serão usados em pesquisas para cadeias produtivas de alimentos e cosméticos que reaproveitam resíduos do pequi e babaçu.

26 de julho de 2023

O Instituto Senai de Tecnologia em Alimentos e Bebidas de Goiás teve um projeto aprovado em chamada especial da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), no valor de R$ 2,4 milhões. Chamado de “Soluções tecnológicas para aproveitamento integral de pequi e babaçu”, o trabalho é executado em conjunto com o Centro de Desenvolvimento Agroecológico do Cerrado.

Trata-se de uma associação sem fins lucrativos que representa e assessora mais de 5 mil famílias de agricultores familiares e extrativistas, em parceria com o Instituto Franhoufer-IVV, da Alemanha, uma das referências mundiais em ciência e tecnologia de alimentos e bebidas.

Gerente do Instituto Senai de Tecnologia em Alimentos e Bebidas, Karolline Fernandes Siqueira explica ao EMPREENDER EM GOIÁS que o alvo são aplicações para as cadeias produtivas de alimentos e cosméticos, que já utilizam o pequi e o babaçu. “Vamos buscar as soluções para esse aproveitamento integral dos produtos”, esclarece Karolline.

Segundo Karolline, a chamada é para biomas com potencial histórico. “Vamos ver quais são as melhores aplicações, rendimento, com foco em agregar valor”, afirma. A Finep é uma empresa pública ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.

Estratégico

Para Karolline, o projeto é estratégico. “Ele terá impacto na sociedade, haverá melhoria significativa no processo de extração de ativos para cosméticos e ingredientes para a produção de plant-based”, exemplifica.

Os alimentos plant-based têm como público-alvo consumidores veganos e vegetarianos. “É um mercado que tem crescido muito e precisa de matéria-prima”, argumenta Karolline. O Instituto Senai tem laboratórios para a validação analítica das pesquisas.

O projeto terá dois anos de duração, com aporte de recursos para subsidiar o desenvolvimento das soluções tecnológicas que trarão resultados em nível nacional. Ele se destina a integrar a conservação da biodiversidade e o uso sustentável para agregar valor à cadeia produtiva do pequi e babaçu favorecendo principalmente as comunidades extrativistas do bioma Cerrado.

Os produtos da sociobiodiversidade do Cerrado são bens e serviços derivados da biodiversidade destinados à implementação de cadeias produtivas por povos e comunidades tradicionais. Essas cadeias geram renda para essas populações e possibilitam o reconhecimento de suas práticas, saberes e direitos.

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